Problema de fissuras e trincas atinge aeronaves com mais de 12 anos
Operadores do A380 devem inspecionar bordo de fuga das asas de aeronaves com mais de 12 anos
A autoridade de aviação civil da Europa, a EASA, emitiu uma diretiva de aeronavegabilidade (AD) para uma inspeção no Airbus A380. Os operadores do modelo deverão realizar uma inspeção no bordo de fugas das asas e seus dispositivos correlacionados.
O documento aponto que o objetivo é evitar que possíveis fissuras e rachaduras possam comprometer a integridade de componentes, que podem se desprender em voo. A AD lista aproximadamente 30 componentes que devem ser inspecionados, em boletins de serviços individuais que identificam quais A380 especificamente devem ser vistoriados.
O problema havia sido inicialmente reportado pela Airbus em julho, quando constatou uma série de problemas nas asas do A380.
A Airbus emitiu um boletim de serviço cobrindo as instruções de inspeção para diversos pontos e modificações que devem ser realizados. Entre os principais componentes estão as nervuras das asas, suporte dos atuadores e manilhas dos spoilers. A AD menciona sistemas e componentes produzidos com o alumínio 7449, que no passado já havia apresentado alguns problemas de trincas em partes das asas, resultando em um complexo programa de revisão por parte da Airbus.
Segundo o documento da EASA as inspeções devem ser realizadas em um prazo de 147 meses (pouco mais de 12 anos) a partir da data de fabricação do avião, seguida de inspeções regulares em intervalos de seis anos.
O problema não é considerado grave, mas exige a aplicação imediata do boletim para aeronaves que tenham mais de 12 anos de serviço.
Edmundo Ubiratan | Imagem: Divulgação
Publicado em 10/10/2019, às 15h00 - Atualizado às 16h27
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