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De greve a falta de sistema radar

2018 bate recorde no número de atrasos em voos ao redor do mundo

Ainda assim situação no Brasil foi mais favorável que no restante do planeta


Estudo feito pela AirHelp mostra que em 2018 mais de 10 milhões de passageiros aéreos no mundo sofreram com interrupções de voos, mas a situação no Brasil foi melhor que no resto do planeta.

Segundo mesmo os números totais do ano serem sem precedentes, no Brasil o cenário foi diferente. Embora o país tenha registrado com radares e o pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil, os turistas brasileiros não foram tão seriamente afetados por atrasos/cancelamentos de voos. Durante o último ano apenas 16% dos quase 800.000 voos não tiveram o desempenho esperado, afetando aproximadamente 15 milhões de pessoas.

Outro dado apurado são os piores momentos para se viajar durante o ano. O com maior movimento no Brasil foi 21 de dezembro, quando, mais de 335.455 pessoas passaram pelos aeroportos do país. Já o pior horário para se viajar durante o ano foi das 16h às 21h59, quando 19,5% dos voos sofreram algum problema. A sextas-feiras confirmou sua tendência como pior dia para viajar, registrando 19,5% de atrasos e cancelamentos. Todos os dias, em média, 42.000 passageiros brasileiros passam por alguma perturbação no voo.

Já sobre as companhias aéreas, três das quatro maiores empresas que atendem no Brasil mantiveram mais de 80% dos voos no horário previsto. A Avianca que enfrenta uma grave crise financeira finalizou o ano com 74,8% de desempenho.

Mas, apesar dessas boas notícias, as férias de meio de ano aqui do Brasil, assim como as férias de verão no hemisfério Norte (entre junho e agosto), foram agitadas e caóticas, especialmente para os passageiros que viajam para fora do país para passar suas férias em climas diferentes. O grande fluxo de viajantes e atrasos em cascata levaram um grande número de chegadas a serem por atrasos e cancelamentos.

Uma das principais razões para as inúmeras interrupções de voos pelo mundo foi a greve dos funcionários de diversas companhias aéreas. Além disso, aumento massivo de passageiros também colocou os aeroportos sob pressão adicional, que têm, cada vez mais, que lidar com capacidade de tráfego saturada.

Denis da Silva, porta-voz da AirHelp e especialista em direitos dos passageiros, afirma que 2018 entrará para a história como um ano que levou a indústria aérea ao máximo. “Os desdobramentos dos eventos provaram que há muito trabalho a ser feito e há um longo caminho a percorrer para fazer com que as companhias aéreas priorizem a lei dos passageiros”.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 09/01/2019, às 17h35 - Atualizado às 17h37


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