Mais atrasos

Voos de testes com o Boeing 777X são suspensos

Voos de testes com o Boeing 777X são suspensos por problemas com o motor GE9X

Novo widebody da Boeing tem um histórico de atrasos em seu desenvolvimento - Boeing/Divulgação

Um problema em um dos motores GE9X fez com que a Boeing suspendesse temporariamente os voos de testes com o Boeing 777X.

As causas estão sendo investigadas de forma conjunta para apurar se há relação com o motor especificamente utilizado na única que está fazendo os testes, a de matrícula WH001, com o lote da produção do motor ou se houve alguma falha no projeto.

O incidente causou preocupação ainda maior em uma das maiores clientes do modelo. O CEO da Emirates, Tim Clark, disse que se o problema for sério, a certificação da aeronave pela Administração Federal da Aviação (FAA) dos Estados Unidos iria atrasar ainda mais, em entrevista ao site Aviation Week. A companhia espera contar com as primeiras unidades em 2025.

O problema envolvendo o motor da GE não é novo. O primeiro voo do Boeing 777X com o GE9X foi adiado em quase dois anos, por empecilhos ligados à durabilidade e com o compressor de alta pressão, que foi posteriormente redesenhado. Ele finalmente aconteceu no fim de janeiro de 2020.

“Estamos apoiando a GE Aerospace enquanto eles avaliam um problema recente do motor GE9X e retomarão os testes do avião assim que seu processo completo e as ações apropriadas forem concluídas. (...) Nossos fornecedores e equipes técnicas irão dedicar o tempo necessário para apoiar a revisão, pois trabalhamos de forma transparente com nossos clientes e reguladores”, segundo a Boeing, em nota.

Uma outra cliente do novo widebody da Boeing já busca alternativas para os constantes atrasos no seu desenvolvimento. Em maio, a Lufthansa, que tem vinte pedidos firmes do modelo, está analisando outras opções de aeronaves que possam entrar em operação comercial em meados de 2024. “A Lufthansa está analisando quais opções de frota ainda temos que podem entrar em serviço nas temporadas de verão de 2024 e de 2025, onde temos de admitir que o 777X ainda não poderá voar”, segundo o CEO da companhia, Carsten Spohr, na ocasião.