Sete bombardeiros B-52 sobrevoaram New Jersey em voo de formatura que relembra os tempos sombrios da Guerra Fria
Um total de sete bombardeiros B-52H Stratofortress voaram em conjunto durante o deslocamento da esquadrilha até bases da Europa e para o exercício militar Juniper Oak 23.2 realizado pelos Estados Unidos e Israel.
Um vídeo que circula as redes socias mostra os sete B-52H da força aérea norte-americana (USAF, na sigla em inglês) em um voo em grande atitude sobre o estado de New Jersey, na costa leste dos Estados Unidos.
A formação das aeronaves, aliada aos rastros de condensação, relembram imagens clássicas da Segunda Guerra Mundial, onde cenas como estas eram comuns com os bombardeiros B-17 e B-29 cruzando os céus indo para o combate. Além disso, a grande mobilização também rememora o auge da Guerra Fria, quando era comum os B-52 voarem em deslocamentos ao redor do mundo.
Mesmo com cenário atual, que mantém os riscos de uma guerra de grandes proporções na Ucrânia, este voo foi apenas parte do deslocamento das aeronaves para respectivas bases na Europa e Israel.
US B-52 bombers are seen heading to Israel earlier to participate in the Juniper Oak 2023 exercise. Only four will be participating, the rest later turned around.pic.twitter.com/Ue6sPrS5Mu
— Emanuel (Mannie) Fabian (@manniefabian) January 25, 2023
Parte dos sete aviões serão enviados para bases dos Estados Unidos na Europa, onde pemanecerão estacionados pelos próximos dias. Outros aviões foram para Israel, onde vão realizar um complexo exercíco militar conjunto Juniper Oak 23.2, que prevê inclusive disparo de armas reais.
Da mesma forma que a Europa Oriental, o Oriente Médio, em especial nas proximidades com Israel, também vive crescentes tensões com o Irã, aliado russo e visto por diversas nações da região como inimigo.
“Hoje, a parceria entre o Comando Central dos Estados Unidos e a Defesa de Israel é mais forte e continua a crescer”, disse Michael “Erik” Kurilla, general dos EUA.
O Juniper Oak 23.2 envolve a participação de aeronaves de quinta geração dos EUA e de Israel, além de outros aviões, como o os bombardeiros B-52H; caças F-15, F-16, F/A-18; os aviões de ataque AC-130; e helicópteros AH64. O treinamento também conta com massiva participação naval, inclusive com a presença do porta-aviões norte-americano USS George HW Bush (CVN-77) e sua esquadra de apoio, que está navegando no Mar Mediterrâneo.
A operação conjunta foi considerada a maior da história entre os EUA e Israel, incluiu exercício de fogo real.
Por André Magalhães
Publicado em 26/01/2023, às 17h00
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