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Efeitos da corrupção

Um terço dos pilotos do Paquistão usam carteiras falsas

Comunidade europeia proíbe empresas do país voarem para a Europa após acidente fatal


Pilotos do voo 8303 da PIA tomaram medidas considerada completamente fora dos padrões e acidente matou 97 pessoas

A agência europeia para a segurança da aviação (EASA, na sigla em inglês) informou hoje (30/06) que a Pakistan International Airlines (PIA), principal companhia aérea do Paquistão, está impedida de voar para a Europa por seis meses. A medida ocorreu após o ministro de aviação paquistanês revelar que quase um terço dos pilotos do Paquistão estarem atuando de maneira irregular, portando careteiras de pilotos e exames médicos falsos.

A investigação paquistanesa ocorre após o acidente com o voo 8303 da PIA, que matou 97 das 99 pessoas a bordo, no final de maio. Uma série de erros grosseiros e manobras fora do padrão comprometeram a segurança do voo, levando as autoridades a realizar um pente fino nos contratos de pilotos.

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Com um dos sistemas mais corruptos do mundo, o Paquistão agora tenta evitar que mais pilotos que tenham carteiras falsas continuem voando. Autoridades de diversos países que empregam profissionais paquistanês estão suspendendo contratos de trabalho até a comprovação da validade dos documentos.

Após o incidente envolvendo um Airbus A320 no dia 22 de maio, que matou 97 pessoas na cidade de Karachi, o governo do Paquistão abriu uma investigação interna e apurou que de 860 pilotos investigados, surpreendentes 260 haviam fraudado a validação da licença emitida pela autoridade de aviação civil do país, o que resultou na demissão de quatro funcionários, suspeitos de fazerem parte do esquema.

Segundo o porta-voz da PIA, Abdullah Hafeez, a companhia aérea não tem voado para a Europa nos últimos meses por conta da pandemia do coronavírus. No entanto, a empresa tem em seus planos retomar os seus voos nos próximos dois meses para Paris, Barcelona, Milão, Copenhague e Oslo.

A EASA afirma que está preocupada com a validação das licenças dos pilotos paquistaneses, e como não tinha outra alternativa optou por proibir voos de aeronaves do país em todo o bloco europeu.

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Por Gabriel Benevides
Publicado em 30/06/2020, às 16h00 - Atualizado às 16h41


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