Rússia mantém bases na Síria e desloca seus aviões militares para a região; agora novas rotas deverão ser criadas
A Turquia decidiu fechar seu espaço aéreo para aeronaves russas militares e civis que tem como destino à Síria. O comunicado veio por meio do ministro das Relações Exteriores, Mevlüt Çavuşoğlu, no sábado (23).
Com a decisão, a Turquia entra para uma vasta lísta de países que proibiram o sobrevoo de aviões da Rússia em seus territórios. Isto aconteceu devido as sanções impostas à Moscou em virtude do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que está no 61º dia.
Agora aeronaves militares russas que têm como destinos bases militares na Síria, terão que mudar de rota. Talvez uma das opções seja por meio do Irã, Iraque e Afeganistão.
Todavia, Ancara também tem uma postura de apaziguamento, já tendo feito reuniões com ambas as partes para tentar chegar a um acordo. O governo do presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, mantém uma importante ligação com o presidente russo, Vladimir Putin.
Ainda no cenário da guerra a Turquia, mesmo com laços com Moscou, tem fornecidos aos ucranianos o drone Bayraktar TB2, aeronave não tripulada tem obtido êxito em ataques contra comboios russos.
Em termos militares, a Turquia tem lados ocidentais e orientais. Um exemplo, foi a compra de sistemas russos de defesa aérea S-400, o que fez com que os EUA cancelassem a venda de caças F-35A para a Turquia.
De outro lado, existe uma ligação com os norte-ameircanos com produtos bélicos como caças F-16.
Por André Magalhães
Publicado em 25/04/2022, às 07h55
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