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Reflexo do combustível e dólar

Tarifa aérea média registra alta de 13,9% em outubro

Custos do combustível e câmbio pressionam aumento dos preços e tarifa aérea registra alta de 13,9%


Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, estado é o principal mercado do país - Divulgação
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, estado é o principal mercado do país - Divulgação

Segundo dados publicados ontem (27), pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o valor médio da tarifa aérea do país em outubro foi de R$ 638,36, uma alta em termos reais de 13,9% na comparação com o mesmo mês em 2019. A métrica usa dados da pré-crise, que permite um comparativo realista.

O aumento do preço ao consumidor está atrelado ao custo do querosene de aviação (QAV), que acumula alta de 120%, passando de R$ 2,32 por litro em 2019, para R$ 5,11 este ano. Com os custos dolarizados, o setor também foi impactado com a alta de 30% da moeda americana em relação ao mesmo período de 2019, de R$ 3,95 para R$ 5,15.

Do total de bilhetes comercializados em outubro, 22,6% foram vendidos no valor até R$ 300,00; enquanto cerca de 47,6% foram vendidos até R$ 500,00; e 5,6% custaram acima de R$ 1,500. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e o Distrito Federal representaram cerca de 52,7% do total comercializado no período.

O estado de São Paulo, principal mercado emissor de passagens aéreas, com 24,4% das vendas do país, registrou tarifa média de R$ 592,12.

Em outubro, a capacidade de voos medida por assentos-quilômetros oferecidos (ASK – Available Seat-Kilometers, na sigla em inglês), ficou 3% abaixo do registrado em relação ao mesmo mês três anos antes. Embora o indicador seja importante para a formação dos preços das tarifas aéreas, destaca-se que outros fatores são igualmente considerados, como demanda, sazonalidade, custo do querosene de aviação, variação cambial e demais indicadores macroeconômicos.

Voos Internacionais

No segmento internacional o preço médio da tarifa aérea registrado em outubro de 2022 foi de US$ 818, alta de 21% quando comparado com o mesmo mês em 2019. A oferta de assentos (ASK) registrou queda de 25%

O setor internacional ainda foi impactado pela alta do dólar e as restrições de viagens, que gradualmente foram suspensas ao longo do ano de 2022.

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Por Wesley Lichmann
Publicado em 28/12/2022, às 11h13


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