Silvio Santos foi um dos primeiros alunos do Centro de instrução Pára-quedista General Penha Brasil, na década de 1940
O apresentador e empresário Silvio Santos, morto no último sábado (17), aos 93 anos, foi um dos primeiros a servir no Centro de instrução Pára-quedista General Penha Brasil, do Exército Brasileiro, entre os anos de 1947 e 1948.
A informação consta na edição 09/1 do Informativo Aeroterrestre da unidade, publicado em abril de 2009. O documento informa que a escola ainda estava em processo de implementação e não formava paraquedistas militares. Além disso, o então Soldado Abravanel jamais teve a oportunidade de abandonar uma aeronave militar em voo.
O Centro de Instrução Pára-quedista General Penha Brasil (CI Pqdt GPB) foi estabelecido a partir do Corpo de Alunos do Núcleo de Formação e Treinamento de Pára-quedistas, criado pelo Decreto-Lei nº 8.444, em 26 de dezembro de 1945. Originalmente, o centro foi instalado na Biblioteca da Diretoria de Material Bélico, localizada no antigo Distrito Federal, hoje Rio de Janeiro.
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Em 20 de setembro de 1946, o CI Pqdt GPB foi transferido para o Pavilhão da extinta 3ª Bateria do 1º Grupo do 1º Regimento de Artilharia Antiaérea, conforme a Ordem Ministerial nº 1.194. Em 7 de janeiro de 1949, o centro foi movido para a Colina Longa, onde permanece até o presente. Nessa ocasião, passou a se chamar Corpo de Alunos da Escola de Pára-quedistas.
Em 3 de janeiro de 1949, o CI Pqdt GPB iniciou o 1º Curso Básico Paraquedista no Brasil. Participaram quatro oficiais e treze sargentos não-paraquedistas, além de 22 oficiais e dezessete sargentos paraquedistas formados em Fort Benning, que fizeram o curso para revalidar suas certificações. Entre os graduados estava o então Coronel Nestor Penha Brasil, que recebeu o número 48. Em 20 de janeiro de 1949, foi realizado o primeiro salto na Zona de Lançamento de Gramacho, em Duque de Caxias/RJ, marco importante na formação de paraquedistas no Brasil.
A unidade tem hoje a missão de formar e especializar recursos humanos em atividades aeroterrestres para a Brigada de Infantaria Pára-quedista (Bda Inf Pqdt), o Comando de Operações Especiais (C Op Esp), a 3ª Companhia de Forças Especiais (3ª Cia FE), a Marinha do Brasil (MB) e a Força Aérea Brasileira (FAB).
Além disso, há a condução de pesquisas em atividades aeroterrestres e de aerotransporte, visando à evolução contínua das técnicas e procedimentos operacionais e a contribuição para o desenvolvimento da doutrina militar na área de sua competência.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 19/08/2024, às 08h49
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