Sede mundial da Boeing ficará em Arlington, na Virgínia, próxima da sede do poder dos EUA
A Boeing anunciou, nesta quinta-feira (5), a mudança de sua sede, hoje localizada em Chicago, para Arlington, no Estado da Virgínia, cidade bem próxima a Washington, capital dos Estados Unidos.
Esta movimentação pode sinalizar uma tentativa de aproximação com o poder central do país, em um momento em que o fabricante visa melhorar sua imagem com clientes, fornecedores e com o poder legislativo, depois de sucessivos problemas que começaram no fim de 2018, com os dois acidentes envolvendo dois 737 MAX 8, que mataram quase 350 pessoas.
Desde 2001, a Boeing ocupa um luxuoso prédio de 36 andares, avaliado em cerca de US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão), mas com várias salas vazias desde o início da pandemia de covid-19, já que vários funcionários estão trabalhando em home-office e pelo foco do fabricante estar agora na Carolina do Sul, onde há um grande esforço para tentar retomar a produção e as entregas do 787 Dreamliner, interrompidas há cerca de um ano.
A Boeing já possui instalações corporativas em Arlington desde 2014, mas ainda com uma área consideravelmente ociosa. Fica a poucos quarteirões da sede mundial da gigante Amazon e a 15 minutos da Casa Branca, sede do poder executivo norte-americano. Um segundo prédio está em construção no local.
"Estamos entusiasmados em construir nossa fundação aqui no norte da Virgínia. A região faz sentido estratégico para nossa sede global, dada a proximidade com nossos clientes e stakeholders, e seu acesso à engenharia de classe mundial e talento técnico", disse o CEO, Dave Calhoun.
Marcel Cardoso
Publicado em 05/05/2022, às 16h20 - Atualizado às 16h40
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