Ele que começou

Russos interceptam aeronaves de reconhecimento eletrônico dos EUA

Os dois países ampliaram voos em regiões de fronteira e criaram novas animosidade diplomáticas

Ep-3A da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) em voo próximo a região do Mar Negro é interceptado por caça russo

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A defesa aérea da Rússia interceptou um avião de reconhecimento dos Estados Unidos sobre o Mar Negro, no último domingo (9). Segundo as autoridades, um EP-3 Aires, da marinha norte-americana, foi acompanhado por um caça Sukhoi Su-27 após o sistema de monitoramento do espaço aéreo russo detectar a aeronave se aproximando da fronteira.

A força aérea russa afirmou que a abordagem foi feita seguindo protocolos de interceptação, mantendo uma zona segura e identificou como sendo o avião desconhecido como um EP-3E, utilizado para reconhecimento eletrônico.

A aeronave norte-americana manteve seu padrão de voo, mesmo próximo da fronteira da Rússia, sem, no entanto, violar o espaço aéreo. O Su-27 monitorou grande parte do voo, acompanhando o rival até garantir uma distância segura da zona de proteção do país.

Os Estados Unidos e a Rússia têm ampliado o número de voos de reconhecimento na região de fronteira, fazendo aumentar consideravelmente a quantidade de interceptações nos últimos anos. Embora não tenham declarado nenhum ato hostil ou politicamente delicado, os dois países retomaram o clima de animosidade similar ao existente na década de 1980, no final da Guerra Fria.

De acordo o Centro de Gestão da Defesa Nacional da Federação Russa, apenas na última semana foram contabilizados 32 voos de aeronaves militares estrangeiras próxima do seu território na região do Mar Negro.

Os russos têm alegado que voos de aeronaves dos Estados Unidos se tornaram frequentes em diversas áreas de fronteira, afirmando que a conduta de Washington vem causando tensões desnecessárias entre os dois países.

Do outro lado, a Casa Branca e o Pentágono afirmam que os voos fazem parte de missões de rotina. A Rússia também tem realizado manobras militares próximas ao Alasca, assim como em áreas de disputa com o Japão.