Países ampliam atividade de reconhecimento nas regiões de fronteira e recriam clima da Guerra Fria
P-8A da marinha dos Estados Unidos é acompanhado por caça russo durante missão de patrulha no mar Negro
A força aérea da Rússia acompanhou dois aviões de reconhecimento dos Estados Unidos que sobrevoavam o mar Negro e o Báltico na última quarta-feira (22). Os aviões da força de alerta rápido da força aérea russa decolaram imediatamente após os radares registrarem a presença dos aviões de espionagem.
Segundo Moscou, os caças do país acompanharam um avião de reconhecimento marítimo P-8A Poseidon da marinha norte-americana e um icônico U-2S, utilizado pela força aérea dos Estados Unidos desde a Guerra Fria em missões de coleta de informações sensíveis.
Além disso, um P-3C Orion alemão também sobrevoava o mar Báltico e foi acompanhado por caças russos. No caso do Orion, foi a segunda vez que o modelo foi visto voando a região, quando em 17 de julho um avião pertencente da Noruega esteve em missão no mar de Barents.
Dias antes, um Boeing RC-135 da força aérea norte-americana, utilizado em missões dedicadas de reconhecimento e espionagem, foi também acompanhado pelos russos durante seu voo sobre o mar Negro.
Ainda que as aeronaves tenham sido acompanhadas pela força aérea russa, o Centro de Controle de Defesa Nacional do país afirmou que não houve qualquer violação das regiões de fronteira. A Rússia e as forças da Otan têm ampliado o número de exercícios reais de observação e coleta de dados nos últimos anos, retomando o clima de animosidade existente na Guerra Fria.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 23/07/2020, às 14h30 - Atualizado às 14h52
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