Suposto ataque da Ucrânia contra a residência de Putin no Kremlin foi descrito pelos russos como fracassado, mas uma retaliação é esperada
A Rússia acusou a Ucrânia de usar um drone durante um ataque ao Kremlin, a sede do Governo Russo, tendo como alvo o presidente Vladmir Putin. Embora tenha sido uma tentativa fracassada de assasinar o líder russo, o drone conseguiu voar vários metros sobre uma das áreas mais vigiadas do mundo.
De acordo com a declaração oficial, as defesas aéreas abateram os drones antes deles terem sucesso de realizar um ataque. A informação divulgada pela agência de notícias estatal russa RIA afirma que Putin não ficou ferido, enquanto alguns sites locais alegam que o presidente russo estava fora de Moscou e não houve danos estruturais ao prédio.
‘Terrorist attack’: Kremlin on unsuccessful drone strike targeting Putin’s residencehttps://t.co/kI53PTykdkpic.twitter.com/A8zJKXjBDK
— RT (@RT_com) May 3, 2023
"O Kremlin avaliou essas ações como um ato terrorista planejado e uma tentativa de assassinato do presidente na véspera do Dia da Vitória, o desfile de 9 de maio", disse a RIA.
O Dia da Vitória é a data que os russos tradicionalmente celebram o fim da Grande Guerra Patriótica (Segunda Guerra Mundial), sendo um evento que conta com a presença do presidente e demais autoridades civis e militares. Além disso, uma grande cerimônia militar, onde desde a União Soviética são exibidos vários veículos e aeronaves militares na Praça Vermelha.
Até o fechamento da notícia não houve uma posição oficial do governo da Ucrânia. No entanto, a RIA afirmou que o governo russo "tem o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando achar adequado".
Os últimos dias têm sido marcados por pesados ataques russos contra alvo na Ucrânia, usando diversos mísseis de cruzeiro. Por outro lado, há informações, não confirmadas, que Kiev organiza um grande contra-ataque aos militares russos, em especial no Sul da Ucrânia.
Com 14 meses de intensos conflitos, o cenário no campo de batalha e geopolítico tem mudado constantemente. O envio de armas pesadas pelo Ocidente para os ucranianos é um dos destaques nas últimas semanas, com envio de veículos de combate, lançadores de foguetes, drones e aviões de caça, embora muitos armamentos sigam como uma promessa.
As atividades da OTAN nas fronteiras com a Ucrânia estão cada vez mais ativas. A recente entrada da Finlândia na aliança e o processo de adesão da Suécia também são pontos chaves na mudança geopolítica na Europa.
Por André Magalhães
Publicado em 03/05/2023, às 09h05
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