Fabricante britânico se destaca por desenvolvimento de novos projetos de eletrificação
O desenvolvimento do novo avião turbo-hélice da Embraer deverá movimentar a indústria de motores. Um dos requisitos do projeto deverá ser um novo propulsor de elevado rendimento e capaz de operar tanto com querosene de aviação quanto com combustível renovável (SAF).
A britânica Rolls-Royce está disposta a trabalhar em parceria com a Embraer para o desenvolvimento de uma nova classe de motores turbo-hélices. Mesmo sem confirmar detalhes da negociação, Chris Cholerton, presidente da Rolls-Royce Civil Aerospace, disse que está trabalhando em uma proposta sólida e convincente.
“Estamos muito interessados em apoiar a Embraer com um potencial motor turbo-hélice para esta aeronave”, disse Cholerton durante um briefing com a imprensa no Singapore Air Show.
Uma eventual parceria entre a Rolls-Royce e a Embraer marcará o retorno do fabricante britânico ao segmento de turbo-hélice. Atualmente a empresa atua apenas na produção e desenvolvimento de motores turbofan para aeronaves de grande porte. Entre turbo-hélices o único motor é o AE2100, utilizado pelo cargueiro militar Lockheed Martin C-130J, projeto herdado da extinta Allison Engine.
Uma das possibilidades apontadas pelo projeto da Embraer é uso de motorização híbrida, com capacidade de conversão para um modelo completamente elétrico. A proposta favorece a Rolls-Royce que trabalha há vários anos em projetos de motores elétricos e híbridos, podendo se beneficiar do conceito do novo turbo-hélice.
Contudo, por ora, não existe ainda nenhum projeto voltado para eletrificação que esteja maduro para o emprego em um novo avião comercial.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 17/02/2022, às 17h45
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