O novo KC-30 da FAB transportou imigrantes e refugiados da Venezuela para Brasília e Florianópolis
O Airbus KC-30, o maior avião já operado pela Força Aérea Brasileira (FAB), realizou no final do mês de outubro sua primeira missão real. O voo foi parte da Operação Acolhida, missão criada em 2018 para acolher refugiados e imigrantes venezuelanos que desejam vir ao Brasil.
Ao todo, foram transportados 210 passageiros, que embarcaram em Manaus, no Amazonas, e tiveram como destino final as cidades de Brasília e em Florianópolis.
Novo avião da FAB, o KC-30, cumpre primeira missão em apoio à Operação Acolhida.
— Força Aérea Brasileira 🇧🇷 (@fab_oficial) November 2, 2022
Ao todo, 210 passageiros oriundos da República Bolivariana da Venezuela foram transportados de Manaus para o Distrito Federal e para Santa Catarina.
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Ao chegar na base aérea de Brasília, desembarcaram 35 passageiros, enquanto os demais 175 foram para a capital catarinense.
"A participação do Corsário na Operação Acolhida nos traz um senso de dever cumprido. Nos revigora poder apoiar aqueles que estão necessitados e passando extrema dificuldade em sua terra natal, tendo que abandoná-la. Nos enche de orgulho observar no semblante dessas pessoas um olhar de esperança”, disse um oficial da FAB.
O avião envolvido na operação foi o primeiro KC-30 recebido, designado como FAB 2901 e que incorporado à frota em julho e já realizou operações internacionais, a última delas no Chile, que embora tenha sido uma operação real fazia parte de um deslocamento de treinamento.
Ao todo a FAB adquiriu duas unidades do Airbus A330-200, através de um acordo firmado com a Azul Linhas Aéreas. O segundo avião chegou ao Brasil no mês passado e será incorporado ao Esquadrão Corsário, sediado no Rio de Janeiro.
Embora sejam chamado pela FAB de KC-30, nenhum dos dois aviões tem capacidade de realizar missões de reabastecimento em voo ou transporte logístico padrão militar. A capacidade de reabastecer outras aeronaves em voo ocorrerá apenas após um processo de modificação para o padrão MRTT. Este trabalho deverá ser feito na unidade da Airbus, na Espanha, e deverá durar cerca de 18 meses.
A conversão dependerá de uma futura licitação internacional, que ainda não tem prazo para ocorrer.Assim que concluído, o avião de fato poderá cumprir missões de reabastecimento em voo, o que é caracterizado pela letra "K", bem como é previsto que poderá até mesmo realizar voos como UTI Aérea, através de um kit especial, entre outros objetivos.
O KC-30 ainda poderá ser usado como avião VIP, em deslocamentos presidenciais ao redor do mundo.
Por André Magalhães
Publicado em 03/11/2022, às 09h00
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