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Quase ficção, novo sistema permite avião decolar, pousar e taxiar sozinho

Airbus concluí com sucesso projeto de operação autônoma dedicado as aeronaves comerciais


Sistema de câmeras consegue ler perfil da pista (destaque em verde) pertimitindo aeronaves operarem sozinhas

Após dois anos de testes, a Airbus concluiu com êxito o seu projeto Autonomous Taxi – Take-Off and Landing (ATTOL). O sistema permite que o, procedimento, de taxi, decolagem e aterrisagem de um avião comercial ocorram de forma completamente autônoma.

O sistema ATTOL realiza os complexos processos com base no monitoramento de imagens de vídeo através de uma tecnologia de reconhecimento e imagem a bordo — o primeiro do tipo na aviação. O sistema tem uma lógica similar ao reconhecimento facial de dispositivos biométricos, que efetuam a leitura de parâmetros pré-determinados.

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O procedimento de decolagem autônomo é uma evolução do sistema já existente, com o avião seguindo um perfil de saída padrão. A diferença está na capacidade de manter o alinhamento da pista durante a corrida, assim como tirar o avião do solo sem o comando dos pilotos.

Já o pouso automático é possível há vários anos, por meio do sistema de pouso por instrumento (ILS, na sigla em inglês). A diferença também é a capacidade do avião manter o alinhamento da pista e realizar a desaceleração de forma automática, podendo inclusive iniciar o taxiamento na sequência.

No total, foram realizados mais de 500 voos de testes, sendo 450 desses dedicados à coleta de dados brutos de vídeo, para suporte e ajustes de algoritmos, enquanto uma série de seis voos de testes, cada um incluindo cinco decolagens e pousos, foram usados para testar recursos de voo autônomos.

O projeto ATTOL tem como objetivo explorar tecnologias de automatização durante o voo, incluindo o uso aprendizado de máquina, ferramentas automatizadas para identificação de dados, assim como processamento e geração de modelos.

O objetivo da plataforma é diminuir a carga de trabalho dos pilotos, permitindo que a tripulação se concentre menos nas operações da aeronave e mais na tomada de decisões e no gerenciamento de missões.

A Airbus afirma que após completar esta fase do desenvolvimento, considerada fundamental no projeto, continuará a pesquisa e aplicação de tecnologias autônomas, incluindo outras inovações em áreas como materiais, sistemas de propulsão alternativos e conectividade.

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Por Gabriel Benevides
Publicado em 30/06/2020, às 10h00 - Atualizado às 15h42


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