Paralisação deverá durar três dias e afeta toda a malha da companhia inglesa
A greve de pilotos na British Airways ganhou mais força nesta terça-feira (10), quando apenas um voo internacional da empresa britânica decolou de Londres. O voo BA7 partiu da capital inglesa para Tóquio.
Visando não afetar completamente sua malha e seus passageiros, a British realizou o aluguel de alguns aviões, através do sistema de wet-leasing, onde se contrata aeronave, tripulação e manutenção. Porém, apenas alguns poucos voos puderam se beneficiar do modelo emergencial adotado. O voo para Tóquio foi realizado através deste modelo.
Os pilotos ampliaram o alcance da greve, paralisando praticamente todos os voos da empresa. Na noite de segunda-feira (9) havia apenas quatro aviões da British Airways em voo, às 21h30, um dos horários de intenso movimento para a empresa. Em um dia normal a British Airways registra uma decolagem ou pouso de seus aviões a cada 90 segundos em algum lugar do planeta.
A greve em curso ocorreu após os pilotos da British Airways pertencentes a BALPA (British Airline Pilots Association) não conseguirem negociar novos ganhos salariais. O sindicato de pilotos britânicos votou em greve em julho, anunciando a paralização para meados de setembro. A ação ocorre apesar da British Airways oferecer aos pilotos um aumento de 11,5% nos salários ao longo de três anos. A greve deverá durar três dias.
"Sem os detalhes da BALPA sobre quais pilotos iriam parar não tinhamos como prever quais estariam aptos a trabalhar e quais aeronaves estão qualificados a voar. Por tanto, não tivemos opção se não cancelar quase 100% dos nossos voos", afirmou a British Airways em nota.
A empresa aérea tem solicitado aos passageiros consultar seu website e canais de atendimento antes de se dirigir ao aeroporto, visando evitar maiores contratempos.
Por Edmundo Ubiratan | Fotos: Divulgação
Publicado em 10/09/2019, às 12h51 - Atualizado às 13h04
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