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Pressão aumenta no Golfo

Petróleo força redução nos lucros da Emirates

Combustível passa a representar 33% do custo operacional, valor próximo do restante do mundo


A gigante árabe Emirates Airline anunciou que registrou redução de 50% nos lucros nos últimos seis meses do ano fiscal (abril-setembro), atingindo a marca de US$ 300 milhões (Dhs 1,1 bilhão) no período.

No mesmo período o custo operacional cresceu 13%, parte influenciado pelo aumento no custo de combustível de 41%. O valor real do aumento do petróleo foi de 37% no período, mas a companhia aumentou em 4% o consumo, pelo maior número de voos adicionados a malha. Atualmente o combustível representa 33% dos custos operacionais da Emirates, se tornando próximo de rivais ocidentais, onde o querosene de aviação é uma das maiores despesas.

Além disso, a Emirates sofreu os impactos da desvalorização da moeda em parte de seus mercados, em especial a Índia, embora tenha também impactado a situação econômica de Angola, Brasil e Irã. As incertezas políticas na região do Golfo, atrelado a retomada da economia europeia e a consequente expansão dos voos por parte das companhias da região, tem aumentado as pressões sobre a Emirates.

Nos primeiros meses do ano fiscal a Emirates também registrou crescimento de 9% no total de passageiros que passaram por Dubai, já o número total de passageiros transportados cresceu 3%, passando a marca dos 30 milhões no período, enquanto a ocupação das aeronaves passou de 77,2% para 78,8%.

Por fim, a companhia recebeu mais três novos Airbus A380 e cinco Boeing 777-300ER. Ao mesmo tempo, sete aviões foram retirados de operação, com expectativa de aposentar outras quatro até o final de março de 2019.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 22/11/2018, às 17h00 - Atualizado às 18h04


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