Avaliado em US$ 400 bilhões, projeto militar mais caro da história acumula atrasos e incertezas
O Pentágono autorizou uma compra adicional para o programa F-35 Lightning II, incluindo treze novas aeronaves que deverão ser entregues até 2019. A compra inclui três F-35A, destinado à força aérea, seis F-35B para os fuzileiros navais e quatro F-35 para a Marinha.
O orçamento para 2016 inclui ainda planos para compra de outros 44 caças F-35 para a força aérea dos Estados Unidos, podendo ocorrer mais um pedido de 48 aviões em 2017 e 60 outros em cada ano de 2018 até 2020.
O F-35 surgiu dentro do programa JSF (Joitn Strike Fighter) que previa, ainda na década de 1990, um caça leve de 5º geração de elevada capacidade e performance, aliado a baixo custo de aquisição e produção. O objetivo era atender a todas as forças norte-americanas com um modelo único, ainda que capaz de atender plenamente os requisitos operacionais de cada força.
Em 2001, o orçamento aprovado para o programa F-35 previa um custo total de US$ 35 bilhões com finalização do projeto em 2012. Em 2011, após uma série de atrasos no desenvolvimento do projeto, o custo chegou a US$ 49 bilhões e o valor unitário de cada avião passou de US$ 59 milhões para US$ 112 milhões. Entre os problemas críticos enfrentados pelo F-35 estavam uma falha no sistema de combustível, que desligava em pleno voo, e dificuldades de engenharia de software de sistema e voo. Além disso, o projeto ficou marcado pelo vazamento de centenas de informações ultrassecretas do programa de desenvolvimento, que foram obtidas por um hacker chinês. Meses depois um espião iraniano foi preso ao tentar roubar novas informações do projeto.
Uma série de projetos paralelos e o desenvolvimento de novas tecnologias aliado a atrasos constantes e problemas de projeto, elevaram o custo total para US$ 400 bilhões.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 06/05/2016, às 09h00 - Atualizado às 11h53
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