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O fim dos pilotos? EUA testam drones autônomos de combate

Força Aérea dos EUA testa drones de combate que operam sem piloto, buscando baixo custo e alta letalidade


Usaf/Divulgação
Usaf/Divulgação

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) iniciou os testes em solo do programa Collaborative Combat Aircraft (CCA), voltado à introdução de aeronaves autônomas capazes de operar em missões de combate sem a presença de pilotos. O objetivo é ampliar o alcance operacional, reduzir riscos humanos e aumentar a capacidade ofensiva em ambientes altamente contestados.

Os ensaios estão sendo realizados em Costa Mesa, Califórnia, com dois modelos representativos da futura produção: o YFQ-42A, da General Atomics, e o YFQ-44A, desenvolvido pela Anduril. A fase atual contempla avaliações de propulsão, aviônicos, integração de sistemas autônomos e interfaces de controle em solo.

As aeronaves do programa CCA foram projetadas para atuar ao lado de caças tripulados, funcionando como multiplicadoras de força com custo significativamente inferior ao de plataformas tradicionais. As aeronaves sem tripulação também podem assumir missões de alto risco, preservando a vida de pilotos em cenários hostis.

Como parte da estrutura de prontidão, a Base Aérea de Beale, na Califórnia, foi selecionada como local preferencial para sediar a primeira Unidade de Prontidão de Aeronaves CCA. A instalação será responsável por manter os drones autônomos operacionais, inclusive para missões fora do território norte-americano. Por se tratarem de plataformas semi-autônomas, exigem menos voos de preparação e menor efetivo de suporte em solo.

O programa CCA prioriza velocidade, modularidade e escalabilidade, utilizando arquiteturas abertas e tecnologias comerciais para facilitar atualizações constantes e produção em larga escala. A decisão sobre o início da produção do Incremento 1 está prevista para o ano fiscal de 2026, quando também terá início o desenvolvimento do Incremento 2, com foco na ampliação de capacidades e incorporação de novas tecnologias de combate.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 05/05/2025, às 14h53


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