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Mais de 200 milhões de reais

Novo jato executivo de mais de R$200 milhões tem até telas sensíveis ao toque para pilotos

Com 33 metros cúbicos de cabine, o G600, que veio ao Brasil pela primeira vez, está entre os aviões mais modernos da atualidade


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O mercado de aviação de negócios é um dos mais competitivos do setor aeronáutico, com diversos fabricantes disputando um nicho de mercado restrito, porém, bilionário. Um dos segmentos mais importantes está o ocupado por aviões de cabine larga e capacidade de realizar voos intercontinentais sem escalas. Na última década uma série de projetos foram criados visando atender as necessidades de usuários que buscam um avião capaz de cruzar oceanos e que ofereça praticamente um pequeno apartamento com escritório abordo.

Para São Paulo, a Gulfstream trouxe pela primeira vez o G600, seu mais recente projeto nesse segmento, que aliou uma nova filosofia de projeto, combinando os avanços de uma as ultra eficiente com uma fuselagem larga. O resultado foi um avião com capacidade para voar distâncias de até 12.000 km a Mach 0.85.

Embora o avião possua capacidade para até 19 passageiros, usualmente em voos de longo curso a capacidade é reduzida para 9 ou 4 pessoas, o objetivo principal é proporcionar maios conforto e raio de ação.

Um dos destaques dessa categoria de avião é a cabine, que conta com 13,77 metros de comprimento por 2,41 m de largura, com 33 m² de área privativa. O piso plano possui 1,93 m de altura, confortável para a maioria dos passageiros. Apenas o compartimento de bagagens possui 4,96 m³, superior a de diversos modelos de pick-up.

O G600 recebeu os motores Pratt & Whitney Canada PW815GA, que combinados as asas, oferecem até 23% mais eficiência em relação a modelos anteriores. Os motores Pratt & Whitney foram projetados para operar durante 10.000 horas entre revisões gerais e têm níveis de ruído e emissões consideravelmente baixos.

Em voo, o G600 pode atingir até Mach 0.925, uma das mais altas velocidades para um avião civil, voando a altitude de 15.500 m, quase o dobro da altura do Monte Everest, o suficiente para voar em uma região com pouco tráfego aéreo e com condições climáticas bastante favoráveis ao voo. Contudo, a altitude de cabine é de apenas 1.478 metros, inferior a cidades como Campos do Jordão e Itatiaia. Com uma renovação completa do ar de cabine a cada dois minutos, o passageiro sente menos os efeitos do jet lag.

A infraestrutura de concentração de dados em rede (Data Concentration Network) do G600 alinha a fuselagem com a tecnologia, o que reduz bastante a quantidade de cabos e peças, além de oferecer maior redundância.Outro destaque do modelo é a cabine de comando, que possui funções touch-screen e um sistema de visão aprimorada que aumenta a resolução do sensor infravermelho em 400% e expande o campo de visão da câmera para proporcionar as melhores imagens em condições de baixa visibilidade. Conhecido popularmente como EVS, o sistema está conectado a um head-up display que projeta a visualização do EVS em uma tela transparente no campo de visão frontal do piloto, similar ao utilizado em aviões de caça, enquanto um sistema de visão sintética produz imagens artificiais de terrenos, obstáculos, pistas e aproximações no visor de voo principal.

O preço básico é de US$ 54 milhões (aproximadamente R$ 217 milhões), mas pode variar, dependendo da configuração e forma de pagamento. 

Redação
Publicado em 21/08/2018, às 16h00 - Atualizado em 22/08/2018, às 08h33


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