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Nasa estuda bateria líquida para uso na aviação

Conceito promete reduzir o peso e ampliar a capacidade das baterias no futuro


A Nasa está trabalhando na pesquisa para integração de baterias liquidas para uso em aeronaves elétricas. O projeto é baseado em nanotecnologia e emprega unidades líquidas recarregáveis.

Um dos objetivos é criar um sistema de energia capaz de reduzir a emissão de poluentes e criar condições possibilitar o uso de motores elétricos na aviação. Objetivo será atender ao potencial do mercado de veículos aéreos autônomos, como planejado pela Uber.

A bateria chamada de nanoelectrofuel (NEF) utiliza um sistema mais complexo de armazenamento de energia, com uma densidade energética 1,5 vez maior do que as atuais baterias de íons de lítio. Outra vantagem é que ela pode ser conformada em diversos formatos sem a necessidade de conter uma carcaça pesada e blindada, além de poder ser carregada rapidamente através do bombeamento de um líquido condutivo nos tanques de armazenagem. Isso permite a bateria seja recarregada a partir de um veículo tanque, ao invés de uma só locação conectada à rede. Os pesquisadores criaram uma bateria que contém aproximadamente 60% de materiais ativos, mais do que o dobro existente em baterias convencionais.

Bateria líquida tem principio similiar das baterias convencionais, como as de íons de lítio 

A bateria opera com o bombeamento de fluidos carregados positiva e negativamente, através de uma célula de fluxo. O fluido contém nano partículas de materiais ativos em suspensão, que em um fluido baseado em água é capaz de criar um eletrólito.

A Nasa pretende construir, em 2020, uma bateria NEF com uma densidade de corrente de 100mA/cm², o que permitirá gerar 125 Watt-hora por quilograma, superando em larga medida as tradicionais baterias tradicionais em íons de lítio.

Contudo, a integração das baterias líquidas está na fase inicial de desenvolvimento, mas a Nasa acredita que a nova tecnologia possui grande potencial para revolucionar o armazenamento de energia elétrica. No futuro poderá ser empregada em aviões híbridos em desenvolvimento, por fabricantes como a Boeing.

Por Ernesto Klotzel | Fotos: Divulgação
Publicado em 22/01/2019, às 14h30 - Atualizado às 15h15


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