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Proibido de voar

Nasa e força aérea dos Estados Unidos vão atuar na validação do sistema do Boeing 737 MAX

Junta de especialistas deverá validar as alterações de software propostas pela Boeing


A FAA (Federal Aviation Administration), a agência de aviação dos Estados Unidos, convocou uma junta de analise para um painel de especialistas da força aérea dos Estados Unidos e da Nasa, para analisar as correções de software do Boeing 737 MAX.

A agência anunciou um novo conselho consultivo técnico do chamado Joint Authorities Technical Review (JATR), que recebeu uma extensa visão geral e participou de discussões subsequentes sobre o design, certificação, regulamentos, conformidade e treinamento sobre as mudanças realizadas no 737 MAX.

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Além de participarem dos detalhes finais das mudanças exigidas no 737 MAX, nos próximos meses os participantes da JATR farão uma análise abrangente dos processos de certificação da FAA para o sistema de controle de voo automatizado da aeronave. Cada participante fornecerá individualmente as conclusões sobre a adequação do processo de certificação e quaisquer recomendações para melhorar o processo.

O JATR foi criado apenas como uma fonte de análise e consultoria externa, não sendo necessária a concordância da junta para aprovar melhorias para o retorno dos voos do 737 MAX.

A Boeing trabalha em uma completa reformulação do sistema de software para diminuir a probabilidade de falhas no sistema MCAS, que controla o ângulo de ataque do avião. Todavia, o fabricante não concluiu o processo e não possui uma data final para entregar a versão final revisada. A expectativa é que o 737 MAX continue nas próximas semanas proibido de voar em todo o mundo. Além disso, após ser autorizada a retomada dos voos, os aviões já em serviço deverão ser atualizados, o que demandará mais tempo até a efetiva volta aos céus do modelo.

Toda a família 737 MAX foi proibida de voar em 10 de março, após o segundo acidente fatal em menos de cinco meses. Após a extensa mudança no sistema de propulsão, com instalação de motores maiores e recalibração do centro de gravidade da aeronave, a Boeing projetou um sistema que automaticamente forçava o nariz para baixo em algumas circunstâncias, porém, o mau funcionamento do sistema e possíveis falha no treinamento, levou a perda de controle em dois voos, que ao total vitimou 346 pessoas.

Por Edmundo Ubiratan | Fotos: Divulgação
Publicado em 10/05/2019, às 14h00 - Atualizado às 14h37


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