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Machismo na aviação será combatido nos EUA mudando palavras sexistas

Autoridades criaram lista de recomendação com termos que devem ser evitados, entre eles cockpit e airman


Pilotos

Governo Joe Biden afirma que palavras sexistas ajudam afastar pessoas da aviação

As autoridades de aviação civil dos Estados Unidos planejam uma completa reformulação na linguagem aeronáutica como forma de promover a inclusão a diversidade.

O comitê consultivo da FAA, a agência de aviação civil norte-americana, divulgou uma lista com palavras que deverão ser alteradas, entre elas Cockpit, Airman, Unmanned, consideradas sexistas.

A recomendação é que as empresas aéreas alterem os termos por palavras consideradas neutras, como aviator (aviador) no lugar de airman (homem do ar, em tradução livre), e flight deck (cabine de voo), ao invés cockpit, e uncrewed aerial system (sistema aéreo não tripulado) ou drone system, ao invés de unmanned aerial system.

"A pesquisa mostra que a utilização de uma linguagem geral neutra pode levar a um ambiente mais inclusivo que atrai mais pessoas para a indústria e ajuda a mantê-las lá [no setor aéreo]", disse o comitê em seu relatório.

Atualmente 94% dos pilotos, engenheiros e mecânicos que trabalham na aviação civil dos Estados Unidos são homens brancos, com apenas seis por cento composto de mulheres e outras etnias.

A recomendação faz parte do programa político do governo Joe Biden, que quer maior equidade na sociedade. A FAA destaca que a nova terminologia visa corrigir um sexismo histórico na indústria de aviação, que por várias décadas foi um ambiente dominado por homens.

O projeto todavia não apresentou formas de incentivar que mais pessoas, independente do gênero ou raça se interessem pela aviação civil e nem formas como melhoras os rendimentos dos funcionários do setor.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 28/06/2021, às 16h00 - Atualizado em 29/06/2021, às 13h53


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