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Discriminação histórica

Lufthansa é multada em R$ 22 milhões por discriminar passageiros judeus

A Lufthansa foi multada por impedir passageiros judeus de embarcarem em voo internacional por suposto mau comportamento


O caso aconteceu em 2022, durante uma conexão no aeroporto de Frankfurt - Divulgação
O caso aconteceu em 2022, durante uma conexão no aeroporto de Frankfurt - Divulgação

O Departamento de Transportes dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (15), a aplicação de uma multa de US$ 4 milhões, o equivalente a R$ 22 milhões, à Lufthansa, por impedir 128 passageiros judeus de embarcarem em um voo internacional.

O caso aconteceu em maio de 2022. Eles, em sua maioria, estavam vestidos com trajes típicos de judeus ortodoxos e seguiriam de Frankfurt (FRA), na Alemanha, para Budapeste (BUD), na Hungria. De acordo com o órgão (DoT), a companhia aérea teria os barrado devido a um suposto comportamento inadequado de alguns membros do grupo, porém, uma investigação apontou que eles não se conheciam e não viajavam juntos.

Esta foi a maior punição imposta pelo Departamento de Transportes por violações de direitos civis de passageiros. "Ninguém deve sofrer discriminação ao viajar, e a ação de hoje envia uma mensagem clara à indústria aérea de que estamos preparados para investigar e agir sempre que os direitos civis dos passageiros forem violados", disse Pete Buttigieg, secretário de Transportes dos EUA.

Recentemente, o DoT recebeu mais de quarenta denúncias de passageiros judeus que viajavam de Nova York (JFK)  para BUD, com conexão em FRA. Na ocasião, um dos pilotos informou à equipe de segurança da Lufthansa sobre um suposto comportamento inadequado de algumas pessoas que teriam desrespeitado orientações da tripulação a bordo. Mais de cem passageiros tiveram os bilhetes cancelados. Todos eles, judeus.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/10/2024, às 11h42


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