Pesquisadores dissecam cada peça ou componente de aeronaves com mais de 30 anos para reconhecer anomalias
O que o futuro reserva para as aeronaves que ainda operam mais de 30 anos após seu rollout? Mesmo recolhidas em hangares e sujeitas a rígidos padrões de inspeção da aviação comercial, muitas evidências futuras de anomalias se "escondem" do zelo dos inspetores de manutenção.
É o que justifica a implantação do Aging Aircraft Lab (Laboratóro de Aviões Envelhecidos), baseado no Instituto National de Pesquisas Aeronáuticas da Universidade Estadual de Wichita.
O laboratório desmonta peça por peça para conhecer melhor o desgaste provocado pelo tempo em diversos modelos de aeronaves – das rachaduras aos efeitos da corrosão. E recebe aeronaves para encorajar as pesquisas ou, eventualmente, utiliza fundos cedidos pelo FAA para comprar “aeronaves fantasmas”.
O processo envolve cada peça e componente da célula, utilizando o mais moderno elenco de equipamentos e mão de obra. No futuro, segundo os analistas, as aeronaves já sairão de fábrica com sensores inseridos em peças e sistemas para o “autodiagnóstico”.
Por Ernesto Klotzel
Publicado em 09/10/2017, às 08h27 - Atualizado às 09h14