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A vez dos bimotores antigos

Japan Airlines vai retirar de serviço parte da frota de Boeing 777

Crise gerada pela pandemia antecipou aposentadoria de 24 aeronaves


JAL emprega o 777 em diversos voos domésticos, mas crise gerada pela covid-19 deverá antecipar aposentadoria do modelo

A pandemia do novo coronavírus forçou a Japan Airlines (JAL) anunciar a aposentadoria antecipada de 24 de seus Boeing 777, dentro do plano de reestruturação do negócio de médio prazo.

Inicialmente, a JAL planeja aposentar onze 777-200ER em meados de março de 2021. As aeronaves são utilizadas na malha internacional da companhia, sem expectativa de substituição no curto prazo.

Além disso, outros nove 777-200 e quatro 777-300, utilizados em voos domésticos, serão retirados de serviço até março de 2023. O programa de adequação da frota prevê ter até 2022 uma significativa redução no número de aeronaves de dois corredores. Ainda que a xpectativa é uma pequena readequação entre aviões de corredor único. A companhia japonesa ainda prevê devolver cinco 737-800 na primeira metade do ano fiscal de 2022.

A JAL apresentou resultados negativos nos últimos seis meses, após a grave crise que assolou o setor aéreo, especialmente na Ásia. A companhia aérea havia passado por uma situação similar uma década atrás, quando reduziu suas operações, incluindo o fim dos voos para o Brasil.

Por fim, a empresa planeja realocar mais quatro aeronaves na Zipair Tokyo, uma das suas subsidiárias de baixo custo. A empresa atualmente opera com dois 787-8 Dreamliner oriundos da JAL. A divisão de baixo custo criada em 2018 tem foco no mercado internacional, especialmente nos países asiáticos. Ainda assim, a Zipair Tokyo poderá iniciar nos próximos meses voos para o Havaí, popular destino entre japoneses.

A JAL tem buscado novas formas de reduzir suas perdas e ampliar a oferta de assentos em mercados de baixo custo, incluindo uma joint venture na Jetstar Japan e Spring Japan.

Por ora, a companhia japonesa não anunciou planos para rever seu pedido de 25 Airbus A350, com os primeiros aviões iniciando recentemente suas operações.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 05/11/2020, às 09h00 - Atualizado às 09h32


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