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Demanda por carga aérea cresce 4,1% em agosto

Relatório da IATA indica crescimento de 4,1% na demanda global por carga aérea em agosto


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Dados da IATA mostram aumento da demanda global e expansão da capacidade, com destaque para os corredores Europa–Ásia e intra-Ásia - Divulgação DHL

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) informou nesta hoje (30), que a demanda global por carga aérea registrou crescimento de 4,1% em agosto em comparação ao mesmo mês de 2024. Nas operações internacionais, a alta foi de 5,1%.

A oferta de capacidade, mensurada em toneladas-quilômetro disponíveis (ACTK), aumentou 3,7% no período, com avanço de 5,5% nas rotas internacionais.

Fatores de mercado

Segundo Willie Walsh, diretor-geral da IATA, "a demanda de carga aérea cresceu 4,1% em agosto, marcando o sexto mês consecutivo de expansão anual. Os volumes continuam avançando mesmo com mudanças nos padrões do comércio global".

Walsh destacou que o setor tem se beneficiado da migração de mercadorias de alto valor do modal marítimo para o aéreo, como forma de mitigar riscos associados a alterações tarifárias.

"Os padrões de crescimento indicam redirecionamento de fluxos fora da América do Norte, fortalecendo as rotas Europa–Ásia, intra-Ásia, África–Ásia e Oriente Médio–Ásia. Essa adaptabilidade é vital diante das incertezas relacionadas à política tarifária dos Estados Unidos", completou.

Ambiente operacional

O cenário de agosto foi influenciado por três fatores principais:

  • Crescimento de 4% no comércio global de bens em julho;
  • Queda de 6,4% nos preços do querosene de aviação em relação ao mesmo período de 2024, marcando o 14.º mês seguido de recuo;
  • Recuperação da atividade industrial, com o índice PMI da manufatura em 51,75, maior nível desde junho de 2024, embora novos pedidos de exportação permaneçam abaixo de 50 pontos (48,73), refletindo cautela diante das tarifas comerciais.

Desempenho regional

As companhias da América Latina registraram alta de 2,1% na demanda por carga aérea em agosto, enquanto a capacidade expandiu 5% no comparativo anual.

No recorte por corredores de tráfego, os maiores avanços ocorreram nas ligações Europa–Ásia e dentro da Ásia, ambas com crescimento de dois dígitos. Também houve ganhos expressivos nas rotas Oriente Médio–Ásia, América do Norte–Europa e África–Ásia.

Em contrapartida, as conexões Ásia–América do Norte, Oriente Médio–Europa e intra-Europa apresentaram retração.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 30/09/2025, às 10h53


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