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Ameaça ao setor

Guerra na Ucrânia pressiona ainda mais preço do querosene de aviação

Abear mostra preocupação com as consequências da elevação do preço do barril do petróleo


O querosene de aviação representa mais um terço dos custos do setor - Divulgação
O querosene de aviação representa mais um terço dos custos do setor - Divulgação

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) manifestou preocupação com as consequências da invasão russa à Ucrânia para a aviação comercial no Brasil.

Em nota divulgada na terça-feira (8), o órgão disse que a alta do preço do barril petróleo, que está em torno dos US$ 140 (R$ 703), “pressiona ainda mais o já elevado preço do QAV (querosene de aviação), que em 2021 alcançou seu maior patamar, acumulando alta de 76,2%, superando as variações do diesel (+56%), gasolina (+42,4%) e gás de cozinha (+36%), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O combustível representa mais de um terço dos custos do setor, cuja indexação ao dólar passa dos 50%. “Diante desse cenário, a Abear informa que o consequente encarecimento do QAV nos curto e médio prazos poderá frear a retomada da operação aérea, o atendimento logístico a serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos, incluindo o foco na expansão de mercados regionais, num setor que acumula prejuízo de R$ 37,4 bilhões de 2016 até o terceiro trimestre de 2021.

A Abear finaliza a nota defendendo que as medidas emergenciais para a contenção de preços que estão sendo tomadas, enquanto o conflito estiver em vigor, incluam o QAV, amenizando a crise do setor.

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Marcel Cardoso
Publicado em 09/03/2022, às 09h15


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