A Fraport, controladora dos aeroportos de Porto Alegre e de Fortaleza, teve prejuízo equivalente a R$ 166 milhões no primeiro trimestre
O grupo alemão Fraport, responsável pela gestão de diversos aeroportos no mundo, incluindo os brasileiros de Porto Alegre e de Fortaleza, registrou um prejuízo líquido de 26,4 milhões de euros (R$ 166,2 milhões) no primeiro trimestre de 2025.
O resultado, divulgado na última terça-feira (13), representa uma reversão em relação ao lucro de 12,7 milhões de euros (R$ 79,7 milhões) obtido no mesmo período de 2024, reflexo de custos operacionais mais altos e da ausência de receitas extraordinárias registradas no ano anterior.
A receita ajustada do grupo, desconsiderando valores ligados a obras e projetos de expansão, cresceu 6,3% na comparação anual, somando 811,3 milhões de euros (R$ 5,1 bilhões). No entanto, a receita total do grupo recuou 2,4%, alcançando 868,5 milhões (R$ 5,46 bilhões). A queda se deve, principalmente, à redução de receitas não operacionais.
O desempenho operacional foi influenciado ainda pela redução na demanda por viagens no início do ano. A Páscoa, que em 2024 ocorreu em março, deslocou-se para o segundo trimestre em 2025, o que reduziu o fluxo de passageiros no primeiro trimestre. Em Frankfurt (FRA), principal aeroporto administrado pela Fraport, o volume de passageiros ficou praticamente estável, com queda de 0,9%, totalizando 12,4 milhões.
Segundo Stefan Schulte, CEO da Fraport, os resultados estavam dentro do esperado, uma vez que o primeiro trimestre tende a ser o mais fraco do ano. Ele destacou os efeitos positivos pontuais registrados em 2024, como o dia extra de fevereiro (ano bissexto), compensações financeiras e a antecipação do período pascal, que não se repetiram em 2025.
Apesar do início desafiador, a empresa manteve suas projeções para o ano, apostando em ganhos operacionais e na consolidação de projetos de expansão concluídos recentemente em Lima (LIM), no Peru, e Antalya (AYT), na Turquia, como motores de crescimento para os próximos trimestres.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 14/05/2025, às 09h27
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