Em meio ao caos aéreo na Europa os trabalhadores da British Airways aprovaram greve
Os funcionários da British Airways aprovaram um movimento grevista que deverá começar já nesta alta temporada de verão e deverá afetar as operações em Heathrow, o maior aeroporto do Reino Unido.
Os grevistas apontam problemas por conta de cortes salariais na ordem de 10% e a cobrança de impostos durante a pandemia de covid-19.
Mais de 700 pessoas que atuam nos balcões de check-in da British Airways, além de outros profissionais de solo, poderão parar nos próximos dias se a empresa não pôr fim às reduções dos pagamentos. A última proposta da empresa aérea foi oferecer um bônus único de 10% e que foi negado pelos sindicatos da categoria.
“Estamos extremamente desapontados com o resultado [da decisão pela greve] e com o fato dos sindicatos terem optado por esta ação. Apesar do ambiente extremamente desafiador e de prejuízos de mais de 4 bilhões de libras (R$ 25,8 bilhões), fizemos uma oferta de pagamento de 10% que foi aceita pela maioria dos outros colegas”, afirmou a British Airways em nota.
O movimento, se efetivado, poderá acentuar os graves problemas nos aeroportos europeus, que não estão conseguindo lidra com a alta na demanda nesta época do ano, frente à escassez de funcionários nos terminais e nas companhias aéreas. Na Holanda, a administração do aeroporto de Schiphol (AMS), o principal do país, vai cortar o número de embarques em cerca de 15% para poder se adequar a esta situação.
Desde o início do mês, mais de mil voos foram cancelados no velho continente. A maior parte dos problemas está relacionado a falta de funcionários. Milhares de trabalhadores foram desligados durante o auge da crise, mas as recontratações estão em um ritmo lento e distante da necessidade do setor aéreo.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 24/06/2022, às 06h40
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