Empregados pedem revisão trabalhista após cederem no passado para promover a reestruturação da companhia
Os pilotos da Iberia ameaçam entrar em greve por oito dias caso a companhia não reveja sua posição em relação as negociações trabalhistas. O anuncio ocorre logo após a British Airways, do mesmo grupo, sofrer uma das mais intensas paralizações de sua história.
De acordo com a imprensa espanhola, o sindicato dos trabalhadores deu um ultimado para a direção da companhia aérea retornar a mesa de negociações. O motivo está na melhor ada saúde financeira do grupo IAG e da própria Iberia.
A empresa espanhola, parte da IAG, passou por uma complexa reestruturação em 2014, quando se fundiu com a inglesa British Airways. Durante o processo a companhia realizou uma série de mudanças, incluindo corte de funcionários, mudança na frota e rotas. Uma das negociações envolveu a redução salarial e de benefícios trabalhistas, visando a viabilidade do negócio no curto prazo.
Todavia, com a melhora das condições da empresa nos últimos cinco anos, os funcionários pedem revisão do modelo adotado. Em 2018, a IAG anunciou um lucro operacional de € 3,67 bilhões ante dos impostos, tendo declarado um retorno de 13,2% sobre o capital investido.
Outro ponto importante no desempenho da companhia ao longo dos últimos anos foi o crescimento da receita e da oferta de assentos, além da renovação da frota que incluiu a chegada dos primeiros Airbus A350.
O sindicato está convocando 4.500 funcionários de terra da Iberia, entre os 13.000 que a empresa possuí, para realizar uma greve que deverá ocorrer por oito segunda-feiras seguidas, entre os dias 30 de setembro e 18 de novembro.
A justiça da Espanha está convocando a direção da Iberia e do sindicato para uma mediação e arbitragem para conduzir o processo. A expectativa é que ambas as partes iniciem as conversas formais para evitar uma paralização e atender aos anseios dos dois lados.
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Redação
Publicado em 16/09/2019, às 20h00 - Atualizado às 23h47
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