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Max cortes

Fornecedora de componentes do 737 MAX anuncia corte de funcionários

Expectativa é produzir apenas 72 aviões até o final de 2020, ante os 125 planejados originalmente


Baixa demanda na produção do 737 MAX foi potencializada pela pandemia do novo coronavírus

Uma das principais fornecedoras de componentes da família 737 Max, a Spirit AeroSystems, anunciou que deverá demitir aproximadamente 1.100 funcionários após a Boeing reduzir a demanda projetada para a produção dos aviões.

A expectativa iniciar era montar 125 unidades do modelo em 2020, mas com os efeitos da pandemia, somado a proibição de voos com 737 MAX que se entende por mais de um ano, o número de entregas deverá ficar em 72 unidades, representando um saldo negativo de 80% na comparação com 2019.

"Nossa taxa de produção de aeronaves comerciais caiu de uma marca histórica para volumes significativamente mais baixos em questão de meses", disse Tom Gentile, presidente e CEO da Spirit, em comunicado à imprensa. “Estamos adotando esta ação [demissões] para ajustar nosso nível de emprego com a demanda reduzida de nossos clientes. Essa ação, juntamente com as ações anteriores, visa reduzir custos, aumentar a liquidez e posicionar a Spirit para permanecer financeiramente saudável enquanto passamos por um período de recuperação no mercado de aviação comercial”

O fabricante deverá transferir alguns de seus funcionários para a unidade dedicada aos contratos de defesa, reduzindo assim o impacto na perda de postos de trabalho. O anuncio será a quarta rodada de demissões somente neste ano.

Como se não bastasse a crise ocasionada pelo groundeamento do 737 MAX, que gerou ainda mais incertezas na carteira de pedidos do modelo, incluindo uma série de cancelamento, a Spirit acredita que a recertificação do modelo poderá representar um alívio nas crescentes perdas geradas pela crise na aviação comercial e da proibição das operações com o modelo mais popular da Boeing.

A Boeing acredita que a nova certificação para o 737 MAX deverá ser obtida em meados do terceiro trimestre de 2020, permitindo uma retomada dos voos em meados de dezembro. O fabricante reportou perdas de US$ 2,4 bilhões no segundo trimestre e anunciou mais cortes de empregos, além de manter a produção reduzida, à medida que a demanda por aeronaves comerciais diminuiu por conta da pandemia de coronavírus.

A Spirit AeroSystems também é uma das fornecedoras de estruturas para o 747, que segundo a Boeing será descontinuado até meados de 2022, após a falta de novos pedidos para as versões de passageiros e cargas.

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Por Gabriel Benevides
Publicado em 03/08/2020, às 17h30 - Atualizado às 18h19


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