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Força aérea britânica planeja usar aviões elétricos para reduzir poluição

Pressão para redução nas emissões de poluentes levou a força aérea britânica iniciar estudos para aviação elétrica


Força Aérea Real do Reino Unido estuda usar aeronaves elétricas na instrução primária de cadetes - Divulgação
Força Aérea Real do Reino Unido estuda usar aeronaves elétricas na instrução primária de cadetes - Divulgação

O Ministério da Defesa do Reino Unido avalia o uso de aeronaves de instrução elétricas, com objetivo de reduzir os custos de formação e as emissões de poluentes.

Os primeiros ensaios foram conduzidos pela Affinity Flying Training Services e a Royal Air Force, a força aérea real britânica, utilizando os monomotores Velis Electro, da Pipistrel.

A Europa tem ampliado as pressões sobre as emissões de carbono pela aviação, impactando inclusive nas operações militares. Embora a própria atividade da força aérea seja ambientalmente controversa, ao menos as missões de transporte e treinamento podem ser conduzidas com aeronaves com emissão zero de carbono.

Velis Electro
Um dos desafios é obter formas viáveis de carregar as baterias dos aviões em curto prazo

Os testes envolveram uma pequena equipe de pilotos da RAF, do Air and Space Warfare Center, que realizaram voos em dois locais diferentes avaliando a capacidade do Velis Electro em suportar as missões básicas de treinamento primário dos cadetes.

“O Velis Electro é sem dúvida uma aeronave civil inovadora, que sinaliza o potencial para mudanças significativas nas futuras operações de aeronaves leves”, disse Steve Bolton, capitão e responsável pelo projeto.

A Affinity é uma empresa privada constituída a partir de uma parceria entre a Elbit System UK e a KRB, e oferece novas soluções para os militares britânicos.

O uso em larga escala de aeronaves elétricas dependerá da criação de meios eficientes de carregamento das baterias, aliado a uma rede de geração e distribuição elétrica que efetivamente permita explorar a emissão zero de carbono. A Europa ainda é fortemente dependente de termoelétricas, que usam a queima de gás natural para geração de energia. Além do impacto ambiental, a Europa ainda sofre com as pressões da dependência do gás natural russo, que se tornou uma das armas mais eficientes de Moscou contra o continente europeu.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 18/04/2022, às 17h15


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