A FAA e a United Airlines investigam as circunstâncias da suposta entrada e permanência de uma pessoa não autorizada no cockpit de um voo fretado nos EUA
A United Airlines e a FAA, a agência norte-americana de aviação civil, mantém um inquérito em andamento para apurar o caso que, supostamente, permitiu que uma pessoa que viajava junto com o time de beisebol The Rockies sentar no assento do comandante em pleno voo.
O caso teria ocorrido em um voo fretado entre Denver, nos Estados Unidos e Toronto, no Canadá, em 10 de abril deste ano. O suposto vídeo postado nas redes sociais mostra um homem ocupando o lugar destinado ao comandante, enquanto o copiloto permanecia em seu posto.
No vídeo, a porta do cockpit parecia estar aberta e a câmera girava para mostrar toda a cabine. Na imagem é possível ver uma outra pessoa, que aparentemente não pertencia à tripulação, entrar pela porta. Não foi possível determinar quanto tempo as pessoas permaneceram dentro da cabine de comando do avião.
Embora o vídeo original tenha sido apagado do Instagram, várias outras pessoas repostaram o material em outras plataformas.
As regulamentações federais para entrada e permanência de pessoas não ligadas à tripulação durante voos comerciais ficaram mais rígidas no mundo todo, especialmente após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O próprio Manual de Geral de Operações de Voo (MGO, na sigla em inglês) da United diz de forma expressa que a porta da cabine de permanecer fechada durante todo o voo, mesmo em operações charters.
Na ocasião, a FAA e a United confirmaram ao jornal norte-americano Wall Street Journal, que o caso estava sob investigação. Já o técnico dos The Rockies, Bud Black, disse à época que Hensley Meulens, que apareceu nas imagens dentro do cockpit, já havia se desculpado pelo ocorrido
“Bam Bam (Meulens) se desculpou. Não posso comentar mais porque ainda está sendo chamado nas investigações sobre o assunto. No que diz respeito a Bam Bam, ele pediu desculpas à organização do The Rockies e à United”, disse Black.
A United Airlines na época emitiu uma nota sobre o ocorrido dizendo que o vídeo "parece mostrar uma pessoa não autorizada na cabine de comando em altitude de cruzeiro enquanto o piloto automático estava acionado. Como uma violação clara de nossas políticas operacionais e de segurança, relatamos o incidente à FAA e retiramos os pilotos do serviço enquanto conduzimos a investigação”, disse a empresa.
Por Micael Rocha
Publicado em 23/04/2024, às 15h15 - Atualizado em 05/07/2024, às 15h00
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