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F-22 Raptor pode voltar a ser produzido

Estrategistas recomendam a retomada da produção do avião no próximo ano


Os Estados Unidos podem reiniciar a produção do F-22 Raptor visando manter sua incontestável superioridade bélica.

O F-22, o primeiro caça de quinta geração, teve sua linha de produção encerrada em 2009, com apenas 187 aeronaves produzidas, além dos oito protótipos. Na ocasião, o secretário de defesa, Robert Gates, alegou que os custos de produção e operação do novo jato estavam muito acima do planejado e que o número de aeronaves produzidas era suficiente para manter a superioridade da força aérea norte-americana frente a qualquer ameaça.

Em 2009, o custo total do programa F-22 chegou aos US$ 66,7 bilhões, com cada aeronave custando US$ 150 milhões. Em comparação com o F-15C, o custo unitário era de pouco mais de US$ 30 milhões, no mesmo ano.

Entretanto, o House Armed Service, um painel que reúne especialistas em estratégias para aviação militar, recomendou recentemente que a linha de produção do Raptor seja retomada, assim como sugere que o Pentagono considere ampliar o número de pedidos para o F-35 Lightning II e F/A-18 Super Hornet.

Após a crise na Ucrânia, estrategistas norte-americanos apontaram a grande capacidade de dissuasão do F-22 frente a seus inimigos. Segundo analistas a presença de uma aeronave com enorme capacidade bélica pode ser um fator contribuinte para a aceleração dos processos de negociação, podendo evitar inclusive a escalada do conflito.

Originalmente a USAF (força aérea dos Estados Unidos) planejava adquirir 749 unidades do F-22, número revisto na primeira década dos anos 2000 para 381 aeronaves. O elevado custo de produção e a recessão enfrentada pela economia norte-americana após 2008, forçou o cancelamento do programa antes mesmo de atingir a metade do número de aviões planejados.

Diversos militares apontam que a retomada na produção do F-22 pode permitir a aposentadoria dos atuais F-15C, assim como incrementar ao projeto uma série de melhorias, muitas delas obtidas no F-35, o que pode ajudar a diluir o custo de ambos os programas. O assunto só terá um desfecho em meados de 2017.

Redação
Publicado em 22/04/2016, às 13h00 - Atualizado às 13h40


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