Radar SABER M60 oferece ao Exército Brasileiro capacidade de proteção de instalações governamentais e infraestrutura
O Exército Brasileiro recebeu da Embraer os dois primeiros radares SABER M60 v.2.0, que serão utilizados pela Artilharia Antiáerea. Os sistemas foram desenvolvidos no Brasil e oferecem maior independência para a defesa nacional.
Além dos radares já entregues, a Embraer anunciou em abril um novo contrato que contempla mais quatro radares do mesmo modelo, oferecendo assim seis unidades da versão 2.0 do SABER M60.
A aquisição dos radares SABER M60 amplia a capacidade operacional da Força Terrestre ao oferecer um radar tático de grande flexibilidade operacional, oferecendo um sistema de defesa antiaérea de baixa altura para proteção de pontos e áreas sensíveis, em especial instalações governamentais e infraestruturas estratégicas, que geralmente são alvos prioritários em caso de conflito.
O sistema emprega tecnologia 3D, permitindo rastrear até 60 alvos simultaneamente, incluindo a detecção e classificação automática de alvos, com alcance de 60 quilômetros e varrendo até 16.400 pés (4,9 km) de altura.
A compra dos radares SABER M60 está prevista no Planejamento Estratégico do Exército Brasileiro 2020-2023 e destaca o fato de ter sido desenvolvido pela Embraer em conjunto com técnicos e engenheiros militares.
Um dos destaques é oferecer fácil montagem e transporte, podendo ser desdobrado em até 15 minutos por equipes especializadas. A rapidez na montagem e seu pequeno porte oferece alta capacidade de atuar sem ser facilmente identificado por forças inimigas, o que também ocorre por sua tecnologia LPI (Low Probability Interception), que de forma eletrônica melhora a furtividade do sistema.
Em 2019, houve a conclusão da fase de atualização tecnológica do radar, resultando na versão 2.0.
Segundo a Embraer, o SABER M60 pode ser integrado aos sistemas de armas baseados em mísseis ou canhões antiaéreos, além de possuir provisão para integração com outros sistemas de defesa aérea, incluindo o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA).
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 28/09/2022, às 14h00
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