Em evento no Reino Unido, empresa de consultoria abordará tendências para o futuro do setor
Durante o Farnborough Airshow, que acontece de hoje (18) a sexta-feira (22), no Reino Unido, a inovação e a sustentabilidade se destacam, em meio a anúncios de aquisições e arrendamentos de aeronaves por companhias aéreas junto aos fabricantes.
A empresa multinacional de consultoria Accenture, por exemplo, está participando do evento com a abordagem de três tendências para o futuro do setor aéreo. A primeira é a sustentabilidade, que deve ir muito além da redução das emissões das aeronaves e se estende à criação de valor comercial e impacto sustentável em todo o ecossistema.
Ao incorporar a sustentabilidade em todas as etapas da fabricação e entrega de produtos e serviços, desde a estratégia e operações internas até os parceiros do ecossistema, as organizações construirão cadeias de valor mais confiáveis, circulares e como emissões reduzidas de gases líquidos, além de gerar benefícios sociais e econômicos.
Um relatório recente da Associação das Indústrias Aeroespaciais (AIA) e da Accenture descobriu que a descarbonização do fornecimento de energia pode assumir a forma de combustível de aviação sustentável (SAF), hidrogênio ou eletricidade armazenados em baterias.
A segunda tendência é o uso do metaverso como inovação tecnológica, já que ele mudará fundamentalmente a forma como as empresas trabalham, fabricam e distribuem produtos e serviços e interagem com os clientes. Portanto, é uma nova onda de disrupção que molda o futuro do setor aeroespacial e de defesa. Alguns dos elementos fundamentais já estão tomando forma em áreas como realidade aumentada no chão de fábrica e montagem ou gêmeos digitais de produtos e processos que vão desde o projeto do motor até o serviço.
Em um relatório publicado pela empresa, executivos destes dois ramos disseram que a tecnologia está na frente e no centro, concordando que as tecnologias emergentes estão permitindo que sua organização tenha uma visão mais ampla e ambiciosa.
A terceira e última tendência está relacionada à resiliência da cadeia de suprimentos. Mais da metade dos executivos aeroespaciais e de defesa disseram no início do ano que estão menos confiantes em relação à pontualidade e qualidade de sua cadeia de suprimentos. Dois fatores estão nas interrupções na cadeia de suprimentos decorrentes da pandemia de covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia, que podem custar às economias europeias € 920 bilhões (R$ 5,07 trilhões) do PIB até 2023.
A indústria aeroespacial e de defesa está exposta a esse impacto porque suportam alta exposição à inflação com insumos materiais que normalmente representam 75% ou mais de sua estrutura geral de custos.
A Accenture fará uma palestra na manhã desta terça-feira (19), durante o Farnborough Airshow, sobre sustentabilidade, sob o tema “Horizon 2050: Um Plano de Voo para o Futuro da Aviação Sustentável”.
Marcel Cardoso
Publicado em 18/07/2022, às 18h37
+lidas