Documentação inadequada impede que certificação do 737 MAX 7 saia até dezembro
Em uma carta datada enviada à Boeing, datada de 19 de setembro, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) alertou que os documentos que o fabricante enviou para a certificação do 737 MAX 7 são totalmente inadequados, o que significa que a chancela para que o modelo possa ganhar os céus não sairá mais este ano.
“Pouco menos de 10% das SSAs (avaliações de segurança do sistema) foram aceitas pela FAA e outros 70% desses documentos estão em várias etapas de revisão e revisão", segundo o documento divulgado pela agência Reuters. "O mais preocupante, no entanto, é que a Boeing ainda não forneceu uma apresentação inicial para seis dos SSAs pendentes".
Paralelamente, o Congresso norte-americano começou a se movimentar para que a Boeing possa ganhar mais tempo para preparar a documentação exigida pela FAA, sem ser afetada pela nova legislação que pode praticamente obrigar que o processo comece do zero novamente. Um Senador apresentou uma emenda à lei que beneficiaria o fabricante para a obtenção dos certificados tanto do MAX 7 quanto do MAX 10.
O prazo atual para obter a certificação, se nada for alterado pelos parlamentares, é 31 de dezembro. Se o prazo não for cumprido, a Boeing precisará equipar ambas as variantes com um sistema de alerta de tripulação de voo modernizado para atender aos requisitos adicionais de segurança, conforme a nova Lei de Certificação, Segurança e Responsabilidade de Aeronaves (Acsaa), que entrará em vigor em 1º de janeiro.
O MAX 7 possui cerca de 280 pedidos ativos, tendo a norte-americana Southwest Airlines a maior cliente, com 234 unidades. Já o 737 MAX 10 acumula mais de 900 encomendas, sendo trinta delas da brasileira Gol Linhas Aéreas.
Marcel Cardoso
Publicado em 30/09/2022, às 08h25
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