Presença dos F-16 dos EUA na Croácia reforça presença da Otan no leste europeu em meio à guerra
A Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf) enviou para a Croácia dois caças F-16 Fightinig Falcon. Os aviões norte-americanos partiram no dia 16 de março da base aérea de Aviano, Itália.
"Dirigir nossas capacidades estratégicas de qualquer número de locais avançados cria uma força resiliente, pronta para girar e combater a agressão em qualquer lugar a qualquer momento”, disse Jeff Harrigian, comandante do Comando Aéreo Aliado.
A chegada dos F-16 acontece alguns dias depois que um misterioso drone caiu em território croata e preocupou as autoridades do país. Informações dão conta que se trata de um drone soviético Tu-141.
As autoridades ainda estão avaliando os destroços do drone para apurar a procedência da aeronave não tripulada (UAV). Acredta-se que o drone seja ucraniano ou russo, mas nada foi confirmado e nem uma das partes declarou algo a respeito.
Segundo relatos locais, houve uma forte explosão no impacto do drone ao solo, mas não foram informados feridos. O Conselho de Segurança Nacional da Croácia disse que o UAV entrou no espaço aéreo do país a uma velocidade de 700 km/h e a uma altitude de 1.300 metros.
A chegada dos caças ao leste europeu acontece em meio ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia que começou no dia 24 de fevereiro.
Os EUA enviaram outras aeronaves ao leste europeu. Na Polônia, os norte-americanos instalaram caças F-15 Strike Eagle, na Romênia F-16 e na Alemanha os furtivos F-35A.
Todavia, a presença de militares e aeronaves do ocidente não se limitam apenas aos EUA, outros países da aliança militar da Otan também deslocaram meios aéreos. No gráfico abaixo, é possível ver as forças da Otan no flanco oriental.
#NATO has reinforced its defensive presence in the Eastern flank of the Alliance with more forces in the Air, land and sea domains.
— NATO Air Command (@NATO_AIRCOM) March 21, 2022
As you can se below, the Allies are working together to enhance our posture due to the #RussianUkrainianWarpic.twitter.com/wSWgVxNJrB
Vale ressaltar que as forças da aliança não vão entrar no país, pois Kiev não faz parte da organização militar.
Porém, caso a Rússia avance contra uma nação membra, o artigo 5º será colocado em prática. Tal diretriz diz que “Qualquer ataque a um membro da Otan é um ataque a todos”. Isso iria escalar a guerra ainda mais e iria envolver diretamente as forças da organização (com os EUA liderando) e a Rússia, sendo que de ambos os lados existem armas nucleares.
Por André Magalhães
Publicado em 21/03/2022, às 13h55
+lidas