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Alvo de sanções

EUA confiscam segundo avião presidencial da Venezuela

Apreensão ocorre em meio a negociações entre EUA e Venezuela sobre imigração ilegal e libertação de cidadãos americanos


Aeronave de Maduro foi confiscada durante manutenção em Santo Domingo, sob supervisão do secretário de Estado Marco Rubio - Departamento de Estado (DoS)
Aeronave de Maduro foi confiscada durante manutenção em Santo Domingo, sob supervisão do secretário de Estado Marco Rubio - Departamento de Estado (DoS)

Na última quinta-feira (5), os Estados Unidos realizaram a apreensão de um segundo avião presidencial da Venezuela na República Dominicana. A operação foi conduzida sob a supervisão do secretário de Estado, Marco Rubio, que se encontrava em visita ao país.

A aeronave apreendida em questão é um Dassault Falcon 2000, frequentemente utilizada por altos funcionários do governo de Nicolás Maduro para viagens internacionais, incluindo destinos como Grécia, Turquia, Rússia e Cuba. No momento da apreensão, o avião estava passando por manutenção em um aeroporto de Santo Domingo.

As autoridades norte-americanas justificaram a medida citando violações de sanções dos EUA, controles de exportação e alegações de lavagem de dinheiro. Até o momento, o governo venezuelano não emitiu nenhuma declaração sobre o caso.

Esta foi a segunda vez que os Estados Unidos apreenderam uma aeronave presidencial venezuelana na República Dominicana. Em setembro de 2024, um Dassault Falcon 900 EX havia sido confiscado sob acusações semelhantes, incluindo violações de sanções e aquisição ilegal por meio de empresas de fachada. Na ocasião, o governo venezuelano denunciou a ação como um ato de "pirataria".

Essas apreensões ocorrem em meio a um cenário de relações tensas entre os Estados Unidos e a Venezuela, com incertezas sobre a postura da administração de Donald Trump em relação ao governo de Nicolás Maduro.

Recentemente, um enviado norte-americano reuniu-se com Maduro em Caracas para discutir temas como imigração ilegal, a repatriação de venezuelanos detidos sem documentação e a libertação de seis cidadãos americanos presos na Venezuela.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 08/02/2025, às 18h08


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