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Temendo algo maior

EUA cancelam teste de míssil ICBM devido às tensões com a Rússia

Em março, os EUA já haviam atrasado os testes com o míssil LGM-30G Minuteman III alegando os mesmos motivos


Rússia e Estados Unidos são os dois países com mais mais armas nucleares - USAF
Rússia e Estados Unidos são os dois países com mais mais armas nucleares - USAF

Os Estados Unidos decidiram cancelar os testes com o míssil balístico intercontinental (ICBM) Minuteman III, em virtude das tensões com a Rússia, publicou a Reuters.

Contudo, foi informado que um teste envolvendo o LGM-30G Minuteman III ainda deverá acontecer neste ano.

No início de março, o governo norte-americano anunciou que iria adiar o teste pelo mesmo motivo, ou seja, as tensões geradas pelo conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

A decisão do cancelamento (provisório) não agradou a todos, o senador republicano Jim Inhofe disse que o teste seria “crítico para garantir que a dissuasão nuclear dos Estados Unidos permaneça eficaz”, publicou a Reuters.

O LGM-30G Minuteman III é armazenado e lançado de estruturas subterrâneas e pode ser controlado por meio aéreo com o avião de comando e controle estratégico E-6B. As capacidades em destaque do armamento são: uma velocidade de 24.000 km/h, um alcance estimado em 9.600km. Além disso, pode conter oginvas nuclares.

LGM-30G Minuteman
Teste de mísseis ICBM geralmente são feito de maneira sigilosa,com poucos detalhes revelados ao público -USAF 

Em meio ao adiamento e cancelamento, outra nação com potencial nuclear testou um ICBM, Coreia do Norte no mês passado testou o Hwasong-17 – segundo os norte-coreanos, o armamento tem um alcance de 15 mil quilômetros.

Desde que o presidente russo Vladimir Putin informou que mandou deixar suas armas nucleares “em alerta máximo”, no começo da guerra, muito se tem falado e questionado sobre uma escalada do conflito para fora da Ucrânia.

Até o momento os países da Otan (alguns com potencial nuclear: EUA, Reino Unido e França) estão se mantendo fora do território ucraniano, mas enviam armas aos militares de Kiev.

Contudo, caso a Rússia ataque um dos países membros da aliança militar da Otan, o artigo 5º será colocado em prática. Tal diretriz diz: “Um ataque e um é um ataque a todos”, isso poderia significar um confronto direto entre países com poderio nuclear, em destaque os mais poderosos neste seguimento, os Estados Unidos e a Rússia.

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Por André Magalhães
Publicado em 06/04/2022, às 09h50


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