Envio de caças MiG-29 já foi discutido outras vezes e por outros países, mas não avançou
A Eslováquia está considerando doar seus caças MiG-29 Fulcrum para a Ucrânia que precisa reforçar sua força aérea que foi muito prejudicada nos primeiros dias de conflito com a Rússia.
Isso foi confirmado pelo primeiro-ministro, Eduard Heger, nessa segunda-feira (11). De acordo com a autoridade, o país poderia fornecer seus caças de origem soviética caso haja uma proteção alternativa do espaço aéreo da nação.
Não ficou muito claro o que Heger quis dizer, mas acredita-se que seja algo ligado a aquisição de novas aeronaves. Inclusive já está em andamento, pois a força aérea vai receber novos caças em 2024, trata-se de 70 unidades do F-16 Block 70/72, a versão mais atualizada da aeronave norte-americana.
Vale considerar que desde a semana passada alguns países estão enviados armas pesadas aos ucranianos. A própria Eslováquia enviou sistemas defesa aérea S-300 (de fabricação russa), já o Reino Unido está enviando 120 blindados e a Austrália, outros 20.
Slovakia has donated SA-10 (S-300) air defence system to Ukraine to strengthen their self defence against illegal, illegitimate agression. Thanks to Allies' strengthened presence, Slovakia's security and defence remains strong #WeAreNATO@ArmadaSRpic.twitter.com/1xVIALWmTf
— Jaro Nad (@JaroNad) April 8, 2022
Tal ação acontece depois que Moscou decidiu tirar suas tropa de Kiev e de outras regiões ao norte do país e concentra-las na região oeste, especificamente, em Donbas, tendo em vista que é a localização dos separatistas pró-russos.
Com isso, a entrada de armamentos na Ucrânia fica mais fácil, tais armas adentram as fronteiras com a Polônia, a Eslováquia e a Romênia.
Não é de hoje que se fala em enviar caças aos ucranianos, desde o começo do conflito a Ucrânia pede que sejam doados aviões de combate. Contudo, o envio de fato nunca aconteceu. O próprio governo eslovaco já havia dito que poderia fornecer seus antigos caças Fulcrum.
A Polônia chegou a dizer que forneceria seus MiG-29 à Ucrânia, mas que deixaria isso a cargo dos Estados Unidos que, por sua vez, não concordaram com a proposta polonesa.
A aliança militar da Otan já informou que não irá entrar diretamente no conflito, pois isso significaria um confronto direto com a Rússia e iria escalar bastante a guerra, visto que de ambos os lados existem armas nucleares.
Por André Magalhães
Publicado em 12/04/2022, às 10h35
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