Montagem final dos Gripen será feita a partir de abril pela Saab em parceria com a Embraer, inicialmente com aeroestruturas vindas da Suécia
A Saab enviou ao Brasil aeroestruturas para a montagem do primeiro Gripen E nacional. As asas, fuselagens dianteira, central e traseira foram montadas em Linköping, Suécia, em meados de fevereiro e serão finalizadas pela Embraer.
A previsão é que a montagem do primeiro Gripen E brasileiro seja iniciada no final de abril, em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, em parceria com a Embraer.
"A Embraer fará a montagem final de 15 aeronaves Gripen como parte da transferência de tecnologia no contrato para 36 aeronaves", disse a Saab em nota enviada a AERO Magazine.
O processo de montagem final consiste no envio das aeroestruturas da Suécia e da unidade de São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, até a Embraer, que fará os trabalhos finais, incluindo os ensaios em voo.
Parte dos componentes do Gripen já foram montados em São Bernardo do Campo, entre eles o cone de cauda e os freios aerodinâmicos, em kits enviados desmontados da Suécia ao Brasil. Após serem finalizados, essas primeiras estruturas foram reenviadas para Linköping e integradas aos caças que foram posteriormente entregues para a FAB.
Atualmente, existem cinco exemplares doGripen F-39E no país, sendo quatro deles já operacionais na força aérea. No dia 19 de dezembro, os aviões foram incorporados no 1º Grupo de Defesa Aérea, sediado na base aérea de Anápolis, em Goiás.
Apesar do início das operações, os F-39E Gripen não estão com todos os sistemas instalados e integrados. De acordo com o cronograma original, as capacidades serão adquiridas em fases, permitindo a integração do jato com o ecosistema da FAB, bem como o treinamento dos pilotos. O programa Gripen segue um modelo de integração de sistemas padrão no mundo, onde cada capacidade é adicionada após a anterior ter sido completamente absorvida.
Inicialmente o Gripen F, versão biposta (F-39F Gripen, na FAB) seria produzida em território nacional, mas agora será feita integralmente na Suécia. O novo acordo previu uma mudança nos planos. Ao invés de desenvolver e montar seis aviões Gripen F no Brasil, agora mais unidades do Gripen E monopostas (F-39E Gripen) serão, na teoria, produzidos localmente.
O argumento para mudança do acordo foi manter uma melhor cadência na linha de produção, reduzir os custos e tempos exigidos no desevolvimento. Vale destacar que o Gripen F, segundo o acordo original, seria desenvolvido no Brasil em parceria com a Embraer.
Por André Magalhães
Publicado em 23/02/2023, às 10h55
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