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Três vezes o PIB brasileiro

Empresas aéreas do mundo vão demandar mais de 42 mil aviões nos próximos 20 anos

Estudo da Boeing aponta nova alta na demanda por aeronaves comerciais, avaliadas em US$ 6,3 trilhões


A Boeing apresentou durante o Farnborough Airshow, que ocorre esta semana próximo a Londres, sua previsão de longo prazo para aviões comerciais. A expectativa do fabricante é uma alta na demanda por aeronaves gerada pelo aumento do tráfego de passageiros e as aposentadorias futuras de aeronaves.

De acordo com o chamado Commercial Market Outlook, a Boeing estima que nos próximos 20 anos haverá a necessidade de 42.730 novos jatos avaliados em US$ 6,3 trilhões, alta de 4,4% em relação à previsão anterior.

Segundo o estudo, existem hoje mais de 900 aviões com mais de 25 anos de uso. Em meados da próxima década, uma média de 500 aviões por ano chegarão aos 25 anos, o dobro da taxa atual, estimulando a substituição de grande parte da frota. Das vendas projetadas, 44% das novas aeronaves serão necessárias para cobrir apenas as reposições, enquanto o restante apoiará o crescimento futuro.

A frota global deverá dobrar de tamanho, podendo atingir 48.540 aviões até 2037, incluindo os aviões que serão mantidos.

O segmento de corredor único terá o maior crescimento ao longo do período de previsão, com uma demanda por 31.360 novos aviões, aumento de 6,1% em relação ao último estudo. Esse mercado estimado em US$ 3,5 trilhões é impulsionado em grande parte pelo crescimento contínuo de companhias aéreas de baixo custo, pela forte demanda nos mercados emergentes e pelo aumento da demanda de reposição em mercados como a China e o Sudeste Asiático.

O segmento de fuselagem larga poderá demandar 8.070 novos aviões avaliados em cerca de US$ 2,5 trilhões nas próximas duas década, liderada, em parte, por substituições de modelos antigos e a implementação de jatos de última geração.

O mercado de carga deverá demandar 980 novos aviões cargueiros dedicados, um aumento de 60 aeronaves em relação ao ano passado. Além disso, as companhias aéreas deverão comprar 1.670 cargueiros convertidos.

A demanda por aviões e serviços é orientada para os principais mercados em crescimento, com destaque para Ásia-Pacífico, que inclui a China que deve representar 42% do total de entregas e 38% do valor total dos serviços. América do Norte e Europa completam os três primeiros lugares.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 17/07/2018, às 09h30 - Atualizado às 12h42


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