Processo depende apenas da aprovação das autoridades do Brasil e da Europa
Boeing passa a ser responsável pela divisão de aviação comercial da Embraer
A Embraer completou o desmembramento da divisão de aviões comerciais, que agora é parte da Boeing, dando um passo crucial para consumar o acordo de joint venture com a fabricante norte-americana.
Com a mudança a divisão de aviação comercial passa a ser oficialmente Boeing-Brasil Commercial, que fica responsável pela produção, comercialização e suporte aos atuais aviões da família E-Jet e E-Jet E2, assim como o suporte aos modelos anteriores, como as famílias ERJ, Brasília e Bandeirante.
Ambos fabricantes ainda aguardam a autorização do Conselho Administrativa de Defesa Econômica (CADE), assim como das autoridades da União Europeia para concluir o processo de joint venture na aviação comercial.
Segundo a Embraer, a separação interna dos negócios foi concluída após aporte de ativos, passivos, direitos, bens e obrigações da unidade à empresa Yaborã Indústria Aeronáutica S.A., nome provisório da ex-Embraer Aviação Comercial, e que foi incorporada pela Boeing-Brasil Commercial.
Enquanto a parceria não for aprovada pelos órgãos legais, não existe um prazo definitivo para a consumação do negócio, informou a Embraer em nota. O maior impedimento para a conclusão da parceria é a desconfiança da Comissão Europeia, que estuda quais serão os impactos dessa união no mercado de aeronaves de corredor único. Recentemente a Airbus adquiriu o programa CSeries da rival Bombardier, concentrando ainda mais o mercado no segmento de aeronaves de corpo estreito.
A previsão do mercado é que até março a Comissão Europeia divulgue a conclusão sobre os negócios, já o CADE, deve dar sua aprovação até o fim de janeiro.
Com a aprovação da joint venture, a Boeing irá assumir 80% dos negócios da divisão de aviação comercial da Embraer.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 06/01/2020, às 12h00 - Atualizado às 17h05
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