Boeing irá tomar medidas de cortes de custos em meio a primeira grande greve em 16 anos
A Boeing anunciou que planeja colocar funcionários sob licença nas próximas semanas como parte de uma estratégia de redução de custos durante as atuais disputas trabalhistas. A medida busca conservar caixa e mitigar o impacto financeiro das greves em andamento.
Na última sexta-feira (13), os funcionários da base localizada no estado norte-americano de Washington decidiram entrar em greve, o que levou o fabricante a adotar uma série de medidas de corte de custos.
Em um memorando aos funcionários, Brian West, Vice-Presidente Executivo e Diretor Financeiro da empresa, falou sobre as iniciativas que serão implementadas pela empresa. “Precisamos tomar as ações necessárias para preservar caixa e proteger nosso futuro compartilhado”, disse. Ele acrescentou falando que a empresa “protegerá todos os recursos para trabalho de segurança, qualidade e suporte direto ao cliente”.
Entre as medidas propostas estão o congelamento de contratações em todos os níveis da empresa e uma pausa nos aumentos salariais para promoções de executivos e gerentes. A Boeing também anunciou a redução de viagens de negócios não essenciais e a retirada de participação em feiras aéreas e eventos comerciais. Além disso, haverá uma suspensão da emissão da maioria das ordens de compra de fornecedores nos programas 737, 767 e 777.
O jornal Seattle Times, citando fontes, disse que a Boeing demitiu dezenas de engenheiros que foram contratados para trabalhar nos programas 777X e 737 MAX. Esses programas, até o momento, não foram afetados pela greve da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM).
Os funcionários que devem ser licenciados atuam em diversos departamentos, como manufatura, engenharia e funções de suporte.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 17/09/2024, às 09h48