Aviação Civil

Ebola no Brasil

Ameaça de epidemia do vírus afeta a aviação

Temos no Brasil uma pessoa com suspeita de contaminação pelo vírus ebola. Quais foram as ações tomadas até agora? Sabemos que o passageiro com os sintomas provocados pelo vírus entrou pelo aeroporto de Guarulhos, vindo da Guiné, e foi para Cascavel, no Paraná, onde procurou uma unidade de pronto-atendimento antes de ser submetido aos protocolos definidos para um caso como esse.

Para a comunidade aeronáutica, o mais importante é saber que a doença, segundo a Organização Internacional de Saúde (OMS), possui baixo risco de transmissão no transporte aéreo. Veja o infográfico da OMS.

Porém, não é de hoje que o problema de transmissão de doenças por meio do transporte aéreo é tratado e reconhecido como importante. A famosa gripe H1N1, ou influenza A, que foi considerada uma pandemia em 2009, determinou a melhoria de protocolos mundiais e no Brasil para fazer frente ao desafio.

Na ocasião, foi criado o acordo de colaboração para prevenção e gestão de eventos de saúde pública da aviação civil, cuja sigla em inglês é CAPSCA, que vem atuando de forma integrada no Brasil juntando a Anac e a Anvisa, bem como os operadores aeroportuários e os aéreos. Desde 2009, ocorrem reuniões, treinamentos, preparações e auditorias voltadas para prevenir e controlar casos como esse que estamos vivendo.

Quais são os próximos passos?

O paciente foi transferido para uma unidade de saúde no Rio de Janeiro, onde houve coleta de seu sangue para os testes no Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará. O resultado desse exame é determinante para ações futuras. Foram, também, identificadas pessoas que serão acompanhadas duas vezes ao dia ou uma vez ao dia, conforme o tipo de contato possível com o paciente.

Apesar de a OMS classificar o ebola como uma emergência de saúde pública mundial, a transmissão da doença é restrita a contato com sangue, saliva ou fluidos corporais, bem como objetos de uso pessoal. O vírus não é transmitido por via aérea.