Ex-CEO do grupo defendeu o enxugamento dos negócios e independência da empresa britânica
British é a principal empresa do grupo IAG que acumulou prejuízo de € 6,9 bilhões
Em entrevista ao jornal britânico Sunday Telegraph, o Diretor Geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), Willie Walsh, defendeu que a British Airways abandone sua sociedade na International Airlines Group (IAG).
A IAG é um conglomerado de empresas aéreas que tem como principais sócias a pela British Airways e a Iberia, além da Vueling, Aer Lingus e a low-cost Level. A empresa foi criada pela união das duas primeiras companhias, se tornando um dos maiores conglomerados de aviação comercial da Europa, rivalizando com a alemã Lufthansa Group e a franco-holandesa Air Frace-KLM.
De acordo com Walsh, que foi CEO do grupo desde a sua criação em 2011, até 2020, a companhia britânica poderia cogitar sua independência, se afastando da sociedade a fim de ser vendida. Isso permitiria a British Airways buscar um caminho mais rápido e simples para uma reestruturação, assim como tornaria o grupo mais enxuto.
“Não há nada que impeça as peças da IAG de serem cortadas. Você pode se livrar de um componente do negócio se ele não estiver funcionando bem ou se não fizer sentido. Não acredito que isso vá acontecer, mas poderia”, disse Walsh.
Com o agravamento da crise sanitária a IAG registrou prejuízo de € 6,9 bilhões (R$ 42,5 bilhões). No primeiro semestre deste ano, com o avanço do processo de imunização contra a doença no Reino Unido e nos Estados Unidos, dois dos maiores mercados das companhias aéreas do grupo, a demanda começou a se aquecer, mas ainda está longe dos níveis registrados em 2019.
A possibilidade da British Airways deixar o grupo IAG é considerada mínima, visto os impactos da empresa seguir sozinha no cenário atual.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/06/2021, às 23h00 - Atualizado em 16/06/2021, às 00h40
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