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Tragédia no Rio Grande do Sul

Decea proibiu operações de drones nas áreas afetadas por enchentes no RS

A medida do Decea visa proteger aeronaves durante operações de resgate, evitando riscos de colisão causados por drones operados por civis


O uso de drones particulares expõe aeronaves tripuladas nos trabalhos de resgate às vítimas do temporal ao risco - Governo do RS
O uso de drones particulares expõe aeronaves tripuladas nos trabalhos de resgate às vítimas do temporal ao risco - Governo do RS

O Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) anunciou que operações com drones pessoais estão proibidas nas áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul (RS). A decisão foi tomada para garantir a segurança das aeronaves tripuladas, como aviões e helicópteros, envolvidos nas operações de resgate.

A determinação baseia-se no aumento do uso de drones por operadores civis, que têm captado imagens aéreas dos danos causados pelas fortes chuvas. No entanto, essas atividades estão comprometendo a segurança dos voos de resgate, colocando em risco as aeronaves tripuladas.

Anteriormente, a Defesa Civil já havia alertado sobre os perigos do uso de quadricópteros pessoais na região durante as operações de busca e salvamento de civis ilhados. O alto risco de colisão com helicópteros e aviões tem causado preocupação, pois esses voam frequentemente em baixa altitude ao longo do dia.

Embora alguns operadores argumentem que estão usando drones para identificar vítimas do temporal, a presença dos equipamentos controlados remotamente aumenta o risco de acidentes. As tripulações de helicópteros que voam baixo estão especialmente expostas a possíveis colisões com esses dispositivos.

Sabrina Ribas, tenente da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, reforçou a importância da proibição: "Muitos civis estão subindo drones para captar imagens nas áreas afetadas, e isso pode prejudicar significativamente a segurança de voo das nossas aeronaves empregadas nas ações de socorro".

Desde o início da semana passada até o último sábado (5), o estado gaúcho já contabilizava mais de 300 municípios afetados, 32.640 desalojados, 74 feridos, 67 desaparecidos e 57 mortos. 

Por Micael Rocha
Publicado em 05/05/2024, às 11h20


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