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Menor orçamento e aviões no chão

Corte orçamentário deixa 1/3 da frota da força aérea britânica no chão

Programa de austeridade obriga militares a realizam programa de manutenção mais longo e envolvendo mais aeronaves


De acordo com o Ministério da Defesa britânico um terço da frota da Royal Air Force (RAF) está paralisada para manutenção ou por falta de peças. O que representa um total de 142 aeronaves fora de serviço.

Entre as aeronaves retiradas de operação estão os caças Typhoon, que são o principal vetor de combate do país, com 55 dos 156 aviões da frota sem condições imediatas de voo. Segundo a RAF, os aviões estão dentro do rodízio de manutenção programada previsto para o atual orçamento.

Em setembro de 2018 caças Typhoon interceptam bombardeiro russo Tu-160 próximo a fronteira do Reino Unido, em momento que Moscou retoma investimento em defesa e amplia voos de treinamento e observação próximo a rivais, como países membros da Otan.

A paralização é o reflexo dos constantes cortes do governo britânico no orçamento das forças armadas do país. A situação envolveu a paralização por tempo indeterminado de cinco (de 20) A400M Atlas, 44 (de 81) jatos de treinamento Hawk T1, dois (3) RC-135V, 2 (5) Sentinel, sete (23) helicópteros Puma, 19 (60) Chinook e quatro (8) King Air Shadow.

A única frota com todos aviões em serviço é do BAe 146, onde os quatro aviões, também utilizados pela família Real e a primeira ministra. Os recém recebidos F-35 Lightning II, ainda estão operando, embora dentro da fase de implementação.

Críticos dos cortes orçamentários, como o Liberal Democrata, Lord Ming Campbell, disse ao jornal Daily Mirror, que embora seja previsível a paralização de aeronaves para manutenção, o total sem condições de voo está além do justificável.

Os cortes também atingiram a Royal Navy, que atualmente conta com grande parte de sua frota de navios estacionada realizando reparos e manutenções preventivas. A própria secretária de Defesa, Nia Griffith, assume que o programa de austeridade compromete a capacidade do Reino Unido em responder eventuais ameaças e mesmo as necessidades da Otan.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 07/01/2019, às 17h00 - Atualizado às 17h46


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